Viagens estapafúrdias dos golpistas Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli não podem ser esquecidas

 
Desde a última segunda-feira (28), o assunto mais comentado no meio político e nas redes sociais é a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Qatar. O filho “03” do presidente Jair Bolsonaro, também conhecido como “Dudu Bananinha”, foi flagrado no Estádio 974, em Doha, acompanhando o jogo da seleção brasileira contra a equipe da Suíça.

Tão logo as fotos de Eduardo Bolsonaro no estádio qatari começaram a circular nas redes sociais, com críticas inclusive de apoiadores do chefe do Executivo, o parlamentar alegou que viajou ao Qatar para distribuir “pen drives” com informações sobre a real situação do Brasil. A desculpa foi tão absurda, que a enxurrada de “memes” nas redes sociais foi enorme e com excesso de criatividade.

Criticado por estar no país-sede da Copa Fifa 2022 enquanto bolsonaristas que defende um golpe militar continuam glomerados em frente a quarteis, Eduardo Bolsonaro acionou sua assessoria em Brasília para divulgar a informação de que viajou com recursos próprios, ou seja, sem usar dinheiro do contribuinte. Até que isso seja devidamente comprovado, a dúvida permanece.

Se o “03” custeou as despesas de viagem, inclusive da sua mulher, com dinheiro próprio, não é algo que mereça ser elogiado. Contudo, considerando que o clã presidencial se especializou ao longo dos anos em multiplicação meteórica de patrimônio, “rachadinhas” e “servidores fantasma” – a Val do Açaí e a filha de Fabrício Queiroz que o digam –, esse repentino “bom-mocismo” causa estranheza.

Mesmo assim, Eduardo Bolsonaro não deu expediente na Câmara dos Deputados nos dias em que esteve na capital do Qatar. O bolsonarismo é de tal forma obtuso que seus próceres se valem do mesmo expediente.

 
Golpista nos EUA

Deputada federal reeleita e bolsonarista de primeira hora, Carla Zambelli (P-SP) viajou para os Estados Unidos, no início de novembro, logo após ter perfil suspenso nas redes sociais. A parlamentar alegou que viajou aos EUA para cumprir “agendas pessoais” e “estudar meios” de garantir a liberdade de expressão no Brasil.

“Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras”, afirmou Zambelli, em nota divulgada à imprensa em 3 de novembro. “Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, detalhou.

Zambelli voltou ao Brasil depois de incursão na terra do Tio Sam e agora defende que oficiais militares não reconheçam como presidente da República. Em mensagem de cunho golpista, direcionado soa militares, a parlamentar questiona se os generais de quatro estrelas “vão querer prestar continência a um bandido”.

“Dia 1º de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vão querer prestar continência a um bandido ou à nação brasileira? Não é hora de responder com carta se dizendo apartidário. É hora de se posicionar. De que lado da história vocês vão ficar?”, questionou Zambelli.

Pois bem, Eduardo Bolsonaro, apesar do impressionante avanço da tecnologia cibernética, foi ao Qatar para distribuir “pen drives” com informações sobre a real situação do Brasil. Por outro lado, Carla Zambelli, que dias antes de viajar protagonizou na cidade de São Paulo cena grotesca típica de filme de faroeste, foi buscar nos Estados Unidos meios para restabelecer (sic) a liberdade de expressão no Brasil, pois ela quer liberdade para defender o golpe. É monumental a bizarrice que emoldura ambas as situações, a ponto de comentários adicionais serem desnecessários. A delinquência intelectual dos protagonistas fala por si.


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