Covarde e golpista, Bolsonaro mantém-se em silêncio diante de atos terroristas praticados por apoiadores

 
Quando nos referimos ao presidente Jair Bolsonaro como golpista, os fatos não negam, sua horda de apoiadores se rebela por não aceitar a realidade. Se o golpe não se consumou até então porque as instituições resistiram aos arroubos autoritários, Bolsonaro tentará desestabilizar o País até o último minuto do mandato.

Covarde e golpista convicto, mas abandonado por aqueles que poderiam dar vazão ao seu ímpeto ditatorial, Bolsonaro ousa falar em democracia, mas não aceita a alternância de poder e os resultados das urnas. Em suma, a democracia defendida por Bolsonaro é aquela em que ele manda em todos e ninguém reclama. Do contrário é cerceamento do direito à liberdade de expressão, como se atentar contra a democracia não fosse crime.

Na noite desta segunda-feira (12), apoiadores radicais de Bolsonaro ameaçaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, e atearam fogo em carros que estavam próximos à corporação e em um ônibus que circulava pela região.

O ato terrorista – não há como classificar de outra forma – aconteceu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atender a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ordenar a prisão do indígena bolsonarista radical cacique Tserere.

 
Conhecido pelos golpistas que há 45 dias estão diante do quartel-general do Exército cobrando intervenção militar para impedir a posse de Lula, o indígena faz recorrentes discursos inflamados contra Alexandre de Moraes.

Diante do clima de terror que se instalou em Brasília, a PF pediu reforço à Polícia Militar do Distrito Federal, a quem cabe garantir a ordem na capital dos brasileiros. A PM usou spray de pimenta e bombas de efeito moral para conter os terroristas.

Encastelado no Palácio da Alvorada desde que foi derrotado no segundo turno da corrida presidencial, Bolsonaro mantém um silêncio criminoso diante de atos de terrorismo, como se o cenário de baderna pudesse abrir caminho para eventual golpe de Estado.

Causa espécie, em meio à gravíssima crise econômica que assola o País, apoiadores de Bolsonaro estarem acampados na frente do QG do Exército há várias semanas. Esse tipo de situação só é possível com aporte financeiro de criminosos que tentam desestabilizar a democracia. Não apenas os criminosos devem ser identificados e punidos com o rigor da lei, mas também aqueles que financiam os atos golpistas.


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