Quando o UCHO.INFO, em inúmeras ocasiões, se referiu a Jair Bolsonaro como golpista, seus apoiadores nos atacavam com declarações torpes e criminosas, típicas de fascistas que idolatram um delinquente intelectual que não aceita a derrota.
A prova maior de que Bolsonaro continua apostando no golpismo, mesmo que refugiado nos Estados Unidos, surgiu neste domingo (8), em Brasília, com a invasão do Congresso Nacional, vandalizado por terroristas que atentam contra a democracia e o Estado de Direito.
Os criminosos, que exigem intervenção militar e a volta de Bolsonaro ao poder, invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) e depredaram as instalações de ambos os edifícios.
A leniência das forças de segurança do Distrito Federal permite pensar que policiais militares, em especial, foram coniventes com os terroristas, o que remete à necessidade de os responsáveis serem punidos com o rigor da legislação penal.
Em qualquer país minimamente sério, a polícia teria agido com antecedência, evitando o período mais deplorável da história brasileira desde a redemocratização. O governador do Distrito federal, Ibaneis Rocha, um bolsonarista enrustido, precisa ser afastado do cargo na esteira de intervenção federal, que, decidida pelo presidente da República, depende de aprovação do Congresso.
Ao nomear Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, para a Secretaria de Segurança do DF, Ibaneis Rocha sabia que a relação com o governo federal ficaria ainda mais tensa. Diante do caos que se instalou na capital dos brasileiros, Torres, que está em viagem aos EUA, usou as redes sociais para criticar os terroristas, mas as forças sob o seu comando foram claramente coniventes com os criminosos. Policiais militares foram vistos fazendo vídeo das invasões, quando deveriam agir para conter os criminosos.
“Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”, escreveu Torres no Twitter.
“É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei”, continuou o ex-ministro.
“Criminosos não sairão impunes”, completou o secretário de Segurança do DF, um bolsonarista conhecido que, enquanto ministro da Justiça, nada fez por ocasião da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal.
Temendo ser afastado do cargo no vácuo de eventual intervenção federal, o governador do DF, Ibaneis Rocha, decidiu há instantes demitir Anderson Torres.
Por outro lado, o silêncio de Jair Bolsonaro, o covarde refugiado, é inegavelmente criminoso e deve ser utilizado como ponto de partida de uma investigação isenta e profunda. O ex-presidente precisa ser responsabilizado pelos atos terroristas praticados por seus apoiadores.
O ato que mancha a democracia brasileira era esperado, pois os terroristas se organizaram a partir das redes sociais, ou seja, todo movimento dos criminosos era passível de acompanhamento pelas autoridades do DF, que preferiram agradar um golpista que preferiu fugir após ser derrotado nas urnas.
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