“Lesa Pátria”: Polícia Federal deflagra nova fase de operação para prender golpistas

 
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14) a sexta fase da Operação Lesa Pátria, cujo objetivo é identificar participantes e financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, bem como pessoas que se omitiram ou fomentaram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PF, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.

Segundo a PF, os participantes das invasões “promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições”.

Ainda de acordo com a PF, as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria tornou-se permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

 
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Ataques em Brasília

Em 8 de janeiro, grupos organizados de extremistas de direita promoveram um dia de terror em Brasília, invadindo e depredando o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF – marcando o momento mais violento da política brasileira pós-redemocratização e um ápice do movimento golpista que tentava reverter ilegalmente o resultado da última eleição presidencial.

Vestidos com as cores verde amarela e pregando um golpe militar, os bolsonaristas radicais invadiram primeiro o Congresso e depois se dirigiram para as sedes dos outros poderes.

A depredação só terminou mais de duas horas depois, quando a tropa de choque e a cavalaria da PM finalmente agiram de maneira decisiva contra os bolsonaristas.

Após os ataques, muitos golpistas voltaram para o acampamento instalado há meses em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. O acampamento foi desmontado pelas autoridades no dia seguinte à invasão. Centenas de participantes foram presos, mas com a conivência de militares muitos conseguiram escapar. (Com agências de notícias)


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