Como esperado, mercado financeiro reage negativamente ao novo arcabouço fiscal e dólar sobe

 
O mercado financeiro, sempre focado no lucro da minoria, reagiu negativamente ao arcabouço fiscal, proposta entregue na terça-feira (18) ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O pessimismo do mercado se fez presente nas primeiras horas do dia nos índices da Bolsa de Valores e na cotação do dólar, que voltou a subir e chegou a R$ 5,075 às 15h44 desta quarta-feira (18). Por volta das 11h51, o IBovespa registrava queda de 1,49%, aos 104.585,03 pontos. Em Nova York, as bolsas também recuam, mas um pouco menos.

Analistas do mercado financeiro alegam que a desconfiança decorre das incertezas sobre o cumprimento da proposta do governo. Um dos pontos que preocupam o mercado é a existência de brechas que permitem a não responsabilização pelo descumprimento das metas estabelecidas.

Os especialistas, que trabalham para o capital especulativo e insistentemente concedem entrevistas com tom alarmista, são movidos pelo motor da incoerência. Isso porque durante o desgoverno de Jair Bolsonaro, o então ministro Paulo Guedes (Economia), cometeu inúmeros absurdos, sem que o mercado tivesse reagido à altura. Talvez porque Guedes era naquele momento “moleque de recados” do setor.

 
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Além disso, o mercado financeiro não reagiu adequadamente quando Jair Bolsonaro atropelou o teto de gastos apenas porque precisava comprar a reeleição, algo que não aconteceu.

É fato que o governo não pode gastar a esmo, até porque a conta acaba no bolso dos mais pobres, mas não é necessária dose extra de tutano para perceber que a economia brasileira vai de mal a pior. A preocupação das empresas, independentemente do porte, diante de uma economia fraca pode ser constatada na avalanche de e-mails promocionais que milhões de brasileiros recebem diariamente.

As viúvas do fracassado golpe de 8 de janeiro continuam distribuindo notícias falsas nas redes sociais, como se a responsabilidade pela crise econômica atual não fosse de Bolsonaro e Paulo Guedes, o tal “Posto Ipiranga”. É preciso que as autoridades, em especial as do Banco Central, cheguem a um acordo para que a roda da economia volte a girar, mesmo que de forma lenta.

É sabido que uma parcela da sociedade brasileira nutre repulsa ao Partido dos Trabalhadores, mas ultrapassa as barreiras da delinquência intelectual agarrar-se às questões ideológicas e golpistas enquanto dezenas de milhões de brasileiros enfrentam as agruras da crise.


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