Nos primeiros dias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2022, o que lhe rendeu um terceiro mandato presidencial, o UCHO.INFO afirmou sem medo de errar que o maior problema do petista seria a própria legenda, o PT. Nossa afirmação se deu no início do processo de transição, que nos bastidores teve troca de farpas e guerra de vaidades.
Com Lula devidamente empossado, destacamos que o PT continuava na condição de ameaça ao presidente da República, que tem surpreendido por ter abandonado a habilidade política que o notabilizou como inegável negociador.
Nesta segunda-feira (15), durante reunião da equipe de coordenação política do governo, no Palácio do Planalto, Lula mandou um recado aos “companheiros”: não quer saber de “tumulto” do PT. De acordo com a jornalista Julia Duailibi, da GloboNews e do G1, o presidente reclamou da movimentação de parlamentares petistas para alterar a proposta do novo marco fiscal.
Durante a reunião, o presidente defendeu a “blindagem” do Bolsa Família e do salário mínimo em relação às limitações ao aumento de despesas, mas o PT quer flexibilizar ainda mais. Isso porque os políticos estão preocupados com as próximas eleições, por isso defende o aumento do limite de gastos. Lula disse que as dificuldades na relação com o Congresso devem partir da oposição, não do partido do governo.
Há dias, Lula chamou para si a responsabilidade pela articulação com parlamentares da chamada base de apoio no Congresso, sinal de que o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não tem sido eficiente no trato com deputados e senadores.
Na sequência, Lula afirmou que Padilha é o que há de melhor em termos de articulação política, mas o ministro declarou, em seguida, que o presidente assumirá a negociação com o Congresso quando entender necessário.
Na última semana, depois dessa troca de gentilezas, Lula autorizou o pagamento de R$ 9 bilhões em emendas do criminoso orçamento secreto, invencionice furto do proxenetismo político que impera no Parlamento. Considerando que Alexandre Padilha é um “ás da articulação política” e a Lula ainda restam algumas doses da conhecida sua habilidade como negociador, há algo errado nesse enredo.
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