PF avança nas investigações sobre Mauro Cid e revela a verdadeira face do embusteiro Bolsonaro

 
Em 2018, por ocasião da disputa pela Presidência da República, o UCHO.INFO afirmou que o então candidato Jair Bolsonaro não passava de fajuto “encantador de serpentes”, que à época vendia à opinião pública uma falsa moralidade que nem mesmo o mais mambembe camelô seria capaz de oferecer aos clientes.

Na ocasião, a turba bolsonarista, que surfava na lama da corrupção que escorreu do escândalo do Petrolão, acreditou que Bolsonaro poderia endireitar o País. Afirmamos não apenas que o então candidato do PSL era desprovido de estofo e competência para assumir cargo de tamanha relevância e responsabilidade, assim como era – e continua sendo – o que se conhece na política como “mais do mesmo”.

Por razões óbvias fomos atacados covardemente por seus apoiadores, com insinuações torpes e acusações levianas, mas o tempo, como sempre, mostrou-se senhor da razão. Os últimos dias revelaram a essência de Jair Bolsonaro e sua trupe, além falta de escrúpulos no trato da coisa pública.

Alguém há de se revoltar e dizer que nos governos do PT a “vitrola política tocou a mesma música”, mas não podemos tratar os escândalos atuais de olho no retrovisor. É preciso tratar dos escárnios bolsonaristas com isenção e determinação, pois o País está diante de um cipoal de desmandos.

Não bastassem o imbróglio das milionárias joias sauditas e a fraude nos cartões de vacinação, agora a Polícia Federal descobriu, vasculhando o celular do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, que o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro fazia depósitos e pagava em dinheiro contas da outrora primeira-dama, que sempre tentou vender ao público a imagem de correição. Tudo isso com recursos repassados por um fornecedor do governo, ou seja, corrupção.

Michelle Bolsonaro usava um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga para pagar suas despesas diárias. Quando o assunto veio tona, a desculpa, esfarrapada como sempre, foi de que a ex-primeira-dama não tinha crédito suficiente que pudesse fazer frente aos seus gastos cotidianos. Apenas incautos são capazes de acreditar em desculpa desse naipe.

 
Advogados do ex-presidente já elaboraram uma tese esdrúxula para os depósitos em dinheiro na conta de Michelle feitos por Mauro Cid, o “faz tudo”: o dinheiro não era proveniente dos cartões corporativos da Presidência, mas de contas bancárias pessoais. Alguém deveria ter avisado ao tenente-coronel que existe uma ferramenta chamada PIX, além disso, o DOC e TED ainda estão funcionando.

Bolsonaro dirá que todos esses escândalos são de responsabilidade de Mauro Cid, que teria agido por conta própria. Se o ex-ajudante de ordem disser o contrário em depoimento à Polícia Federal, a situação de Jair Bolsonaro agravará sobremaneira.

Até a última semana, o militar era representado pelo advogado Rodrigo Roca, que defende Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”. Cid trocou de advogado depois que seu pai, o general Mauro César Lourena Cid, demonstrou irritação com o fato de o filho ter sido abandonado.

Assumiu a defesa de Mauro Cid, o filho, o criminalista Bernardo Fenelon, especialista em crimes do colarinho branco e delações premiadas. Em suma, o tenente-coronel é a mais nova bomba-relógio no caminho de Bolsonaro.

Quando investigações detectaram depósitos bancários feitos por Fabrício Queiroz, o operador das “rachadinhas”, na conta de Michelle Bolsonaro, ficou evidente que o clã Bolsonaro era dado a transgressões de toda ordem. Bolsonaro disse à época que os depósitos eram referentes a empréstimo concedido a Queiroz e que por falta de tempo de ir ao banco usou a conta da esposa. Esse emaranhado de confusões não nos surpreende.


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