PF realiza busca e a apreensão em endereços do senador Marcos do Val, o “capacho golpista” de Bolsonaro

 
Com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal cumpre na tarde desta quinta-feira (15) mandados de busca e apreensão em endereços do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Além das buscas, Moraes ordenou o bloqueio de redes sociais do parlamentar.

A investigação foi instaurada após o senador afirmar, em transmissão pela internet, que a revista Veja publicaria matéria mostrando que o então presidente Jair Bolsonaro tentou convencê-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele”.

Horas depois da transmissão, Marcos do Val mudou o discurso e disse que Bolsonaro “só ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira e afirmou que avaliaria a proposta golpista.

Ao determinar a investigação, em fevereiro, Moraes destacou que o senador capixaba, ao ser ouvido como testemunha pela PF a respeito do caso, apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento”.

O processo investigatório teve início para apurar suspeita da prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.

 
Na quarta-feira (14), do Val afirmou, em publicação no Twitter, que as ações do ministro Alexandre de Moraes são inconstitucionais. “Seguindo o que determina a constituição que cabe aos senadores, fiscalizar, afastar e até impeachmar ministros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes”, escreveu.

Marcos do Val, ao que parece, ainda não encontrou tempo para ler de forma atenta e apurada a Constituição Federal, que, é importante destacar, não autoriza movimentos golpistas e ações criminosas correlatas. Pelo contrário, a Carta Magna repudia ameaças à democracia e ao Estado de Direito.

Muitos políticos creem que o mandato eletivo é senha para a impunidade, o que não é verdade. O direito à livre manifestação do pensamento não é passaporte para o cometimento de crimes. Ameaçar a democracia é crime.

De acordo com a assessoria do senador, do Val está em Vitória e por enquanto “não há nada ainda para ser dito”. “Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos”.


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