Aprovação da reforma tributária evidenciou a devastadora incompetência política de Bolsonaro

 
A aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados tomou conta do noticiário nos últimos dias, mas foi precedida por um embate entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em encontro do PL realizado antes da votação, em Brasília, Tarcísio defendeu a aprovação da matéria, ao passo que Bolsonaro pediu aos correligionários que votassem contra a proposta, que ainda depende de aprovação do Senado Federal.

Como sempre afirmamos, com ênfase na campanha presidencial de 2018, Jair Bolsonaro é despreparado politicamente e jamais poderia ter assumido cargo de tamanha relevância e responsabilidade como a Presidência da República.

Essa deficiência de Bolsonaro ficou evidente na reunião da bancada do PL, quando o ex-presidente, ao rebater Tarcísio, que defendeu a aprovação da matéria, disse que se o partido votasse de forma unida a proposta de reforma tributária seria rejeitada no plenário da Câmara dos Deputados.

Bolsonaro mostrou ao País que sua passagem pelo Palácio do Planalto foi um monumental equívoco do eleitorado tê-lo colocado no comando do País, algo que pode ser conferido nas muitas mazelas deixadas pelo caminho. Na verdade, ao defender voto contra a reforma tributária, o ex-presidente comportou-se como o militar que planejou jogar uma bomba em quartel do Exército por conta dos baixos salários dos militares.

 
Há enorme diferença entre fazer oposição ao atual governo, tarefa que os bolsonaristas desconhecem, e atuar para que o Brasil continue no atoleiro econômico deixado por Paulo Guedes, ex-ministro da Economia e popularmente conhecido como “Posto Ipiranga”.

Torcer para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fracasse, como vem fazendo Bolsonaro desde que deixou o Palácio do Planalto, é torcer contra o Brasil e contra os brasileiros mais vulneráveis, que continuam lutando bravamente, dia após dia, pela sobrevivência.

Bolsonaro precisa, primeiramente, aceitar sua derrota nas urnas, situação que comprova sua devastadora incompetência como político. Em seguida, o ex-presidente, agora inelegível, deveria trabalhar para que o seu partido, o PL, atue de forma republicana, tendo como motivação um projeto para o País.

Depois da repercussão negativa do embate com Tarcísio de Freitas, situação que ganhou força com a aprovação da reforma tributária, Bolsonaro acionou sua horda de apoiadores para distorcer os fatos. Nas redes sociais, os bolsonaristas passaram a afirmar que Bolsonaro não é contra a reforma, mas a favor de discussão mais ampla da proposta.


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