Como sempre acontece quando bolsonaristas tentam se esquivar de ameaças à democracia, discursos de ódio e agressões verbais, o empresário e corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto negou à Polícia Federal ter hostilizado ou ofendido o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto internacional de Roma, na Itália.
No domingo (16), Bignotto prestou depoimento à PF 16, na delegacia de Piracicaba, no interior de São Paulo. Outras duas pessoas da mesma família são suspeitas de proferir ofensas contra Alexandre de Moraes e agredido o filho do magistrado com um tapa no rosto.
Os outros dois identificados são Roberto Mantovani, sogro de Alex Zanatta Bignotto, e Andréa Munarão, mulher de Mantovani. Em nota, a família confirmou a ocorrência de “desentendimento verbal” e “discussão acalorada” com dois integrantes da comitiva de Moraes.
Contudo, na versão da família, o trio foi confundido pela comitiva de Moraes com outros brasileiros que teriam de fato ofendido o ministro. Só por isso acabou envolvido.
“Dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela (Andréa) e duas pessoas que acompanhavam o ministro”, informou a família, em nota divulgada neste domingo por Ralph Tórtima Filho, advogado dos suspeitos.
A nota destaca que a discussão ficou “acalorada” e Roberto Mantovani “precisou conter os ânimos” de um jovem que teria ofendido sua mulher. No episódio, o filho de Alexandre de Moraes, um advogado de 27 anos, teria sido agredido por Mantovani. O texto da família pede “desculpas pelo mal entendido” e não cita expressamente a violência física.
“Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor. Em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares”, disse a família.
O legado de Jair Bolsonaro, o pior presidente da história brasileira, é a intolerância e a truculência com aqueles que têm ideias e opiniões divergentes. Contudo, a covardia bolsonarista não demora a entrar em cena. Isso acontece quando os seguidores e apoiadores do golpista se deparam com as barras da Justiça.
Na infrutífera tentativa de explicar o inexplicável, os truculentos de plantão sempre apresentam justificativas torpes como, por exemplo, direito à liberdade de expressão, mal-entendido e fala retirada de contexto. É o que reza a cartilha golpista de Bolsonaro. Na verdade, são criminosos e como tal devem ser julgados com o rigor da lei
É importante lembrar que nenhum direito é absoluto, inclusive em regimes democráticos, assim como não é passaporte para o cometimento de crimes.
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