Leny Andrade, uma das grandes vozes do samba, do jazz e do bolero, morre no Rio de Janeiro

 
A cantora Leny Andrade, referência de samba, jazz e bolero, morreu nesta segunda-feira (24) no Rio de Janeiro. A artista de 80 anos estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste. A informação foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas, onde Leny vivia.

O comunicado foi dado aos fãs através das redes sociais. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno”, diz a postagem.

Ela havia sido internada na última semana depois de ter uma piora em seu quadro clínico. A artista se recuperava de uma pneumonia desde junho, quando ficou intubada.

Desde a alta médica, ela estava de “home care” no Retiro dos Artistas. O estado de saúde da cantora piorou no final de semana e ela resistiu. Leny vivia no retiro dos Artistas desde o fim de 2018.

Carreira

Leny de Andrade Lima nasceu em 25 de janeiro de 1943, no Rio de Janeiro no berço da bossa nova e de algumas matrizes do samba.

Afastada das apresentações por questões de saúde, a cantora gravou sua última música em 2022: o single gravado com o pianista Gilson Peranzzetta para festejar seus 80 anos. A música é uma composição do ano de 1957, pelos compositores Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran.

 
A artista totaliza 34 álbuns lançados entre 1961 e 2018, com destaque para títulos como “A sensação” (1961) e “Estamos aí” (1965). Leny sempre foi orgulhosa de dar vozes a composições de autores brasileiros e cantava português dentro e fora do país.

Leny era amiga de Tony Bennett, o cantor americano, que morreu na última sexta-feira (21), chegou até a desenhá-la.

Ela foi uma grande intérprete de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, entre outros gênios da música brasileira. Leny se formou no Conservatório Brasileiro de Música.

A cantora também morou no México, nos Estados Unidos e em vários países da Europa, mas era o Rio de Janeiro que arrebatava o coração da carioca.

Leny Andrade estreou profissionalmente como “crooner” da orquestra de Permínio Gonçalves. O sucesso chegou em 1965, com o espetáculo Gemini V, com Pery Ribeiro e o Bossa Três. O show foi no Porão 73, onde um disco ao vivo foi gravado.

Considerada pelo jornal “The New York Times” como “um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da bossa nova”, Leny Andrade ganhou o Grammy Latino em 2007 juntamente com César Camargo Mariano.

 

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