Durante a campanha presidencial de 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a pacificação do País, que estava tomado por uma polarização marcada por intolerância ideológica e discursos de ódio. Infelizmente, esse cenário preocupante continua dominando o cotidiano.
Eleito presidente da República, Lula enfrentou uma tentativa de golpe em 8 de janeiro, que por sorte não mandou pelos ares a democracia brasileira, que ao longo de quatro anos foi diuturnamente ameaça por Jair Bolsonaro, o golpista de plantão.
É preciso reconhecer que ameaças de golpe continuam rondando o Palácio do Planalto, pois os bolsonaristas não aceitam o resultado das urnas, assim como insistem em ameaçar autoridades que agem para defender a democracia, a começar pelos integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Muitos dos fatos graves que têm acontecido nos bastidores do poder sequer chegam ao conhecimento da opinião pública, até porque é preciso manter o curso das investigações, mas Lula, contrariando discurso de campanha, nada fez até o momento para tentar pacificar o País.
Matérias relacionadas
. Covarde, empresário nega ter ofendido Alexandre de Moraes e fala em “discussão acalorada”
. Casal que agrediu Alexandre de Moraes em Roma recorre à covardia bolsonarista e nega os fatos
. Advogado de detratores de Alexandre de Moraes usa argumento frágil ao defender clientes
. Agressão em Roma: elite brasileira repudia a teoria “pau que bate em Chico, bate em Francisco”
No domingo (23), ao participar de evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o petista subiu o tom mais uma vez e chamou de “canalha” o empresário Roberto Mantovani Filho, que agrediu verbalmente o ministro Alexandre de Moraes e sua família no Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Roma, e agrediu fisicamente o filho do magistrado com um tapa no rosto.
“No aeroporto de Roma, um canalha não só ofendeu ele [Moraes] como bateu no filho dele”, disse o presidente, lembrando que o PSD, partido liderado por Gilberto Kassab, expulsou o suspeito.
“Nós derrotamos o Bolsonaro, mas não derrotamos os bolsonaristas ainda. Os malucos estão na rua, ofendendo pessoas, xingando pessoas. E nós vamos dizer para eles que nós queremos fazer com que esse país volte a ser civilizado”, emendou Lula.
Assim como os ministros do STF, em especial, deveriam evitar o excesso de exposição, limitando-se a manifestações nos autos processuais, o presidente da República poderia seguir o mesmo caminho, deixando às autoridades a tarefa de investigar os participantes do episódio ocorrido na capital italiana.
Não será com ofensas que Lula combaterá o ódio que move a turba bolsonarista, que continua desafiando a democracia e o Estado de Direito apenas porque Bolsonaro foi barrado nas urnas e por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está inelegível.
Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.