Pífios como políticos, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) não medem esforços para frequentar a seara do ridículo. Depois de decolarem com suas candidaturas na esteira das arbitrariedades cometidas no âmbito da Operação Lava-Jato, Moro e Dallagnol agora tentam pegar carona na delação premiada que começa a desvendar o caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Para o falso mosqueteiro paranaense Sérgio Moro, o governo do presidente Lula deveria “morder a língua” depois que a Polícia Federal conseguiu que Élcio Queiroz firmasse acordo de colaboração premiada no âmbito do caso Marielle. O ex-juiz, que corre o risco de ter o mandato cassado, fez referência às delações obtidas no bojo da Lava-Jato, criticadas pelos petistas.
Moro deveria poupar o brasileiro de bem de suas estultices e se dar por satisfeito com sua insignificância, pois há considerável diferença entre ambas as situações. A delação de Élcio Queiroz foi obtida a partir de longo trabalho da equipe de inteligência do Serviço Penitenciário Federal (SPF). O acordo de colaboração premiada contou com o apoio da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), sendo homologado pela Justiça com anuência da defesa do acusado.
Quem acompanhou de perto a Lava-Jato, principalmente nos bastidores, tem conhecimento que muitas delações, ao contrário do que prega Moro, foram obtidas pela força-tarefa à sombra de ameaças e chantagens. Não por acaso, a maioria foi anulada pela Justiça por causa de flagrantes irregularidades.
Os investigados eram forçados a relatar o que interessava aos integrantes da força-tarefa, sob pena de, assim não fazendo, seus familiares sofrerem retaliações, podendo, inclusive, serem incluídos nas denúncias de corrupção e outros crimes.
Pelo que consta, o acordo de colaboração premiada depende de decisão do acusado e sua defesa, jamais deve ser uma imposição por parte dos agentes do Estado, que no caso da Lava-Jato usaram o instrumento jurídico como arma de intimidação.
Quando levou às autoridades as primeiras denúncias sobre o esquema de corrupção na Petrobras, o editor do UCHO.INFO alertou para o fato de qualquer transgressão da lei levaria as investigações ao mesmo fim das operações Castelo de Areia e Satiagraha. Ambas foram anuladas pela Justiça por desrespeito à legislação vigente.
Cientes de que a aventura política em que se lançaram fracassou, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, quando calados, são admiráveis poetas. Venderam à opinião a farsa da moralização do país com o combate à corrupção, quando na verdade eram protagonistas de um criminoso projeto de poder.
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