Agência Fitch Ratings eleva nota de crédito do Brasil

 
A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta quarta-feira (26) a decisão de elevar a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. O país fora rebaixado para o patamar de rating soberano BB- em 2018, devido à crise das contas públicas e à não aprovação da reforma da Previdência no governo de Michel Temer.

“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso, e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, explica o relatório.

A nova classificação ainda indica um “grau especulativo”, ou seja, o País estaria menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

Por outro lado, a Fitch registra que o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde seu último rebaixamento. São citadas a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central, aprovadas pelo governo Jair Bolsonaro, além do arcabouço fiscal e a reforma tributária, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

 
Revisão da perspectiva de crescimento econômico

Consta ainda que, apesar de Lula defender “um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores”, a agência de notação financeira espera que desvios sejam contidos pelo “pragmatismo e pelos freios e contrapesos institucionais”.

A Fitch reconhece também que, apesar de parte das reformas do novo governo ainda não terem sido aprovadas no Congresso, o governo Lula garantiu governabilidade para encaminhar sua agenda política e econômica.

A Fitch revisou a projeção de crescimento de 0,7% para 2,3% em 2023. A agência diz que, apesar de uma escalada da taxa básica de juros durante a pandemia, o país demonstrou uma recuperação saudável e um mercado de trabalho em ascensão.

O Tesouro Nacional afirmou em nota que a decisão da agência corrobora os esforços empreendidos pelo governo para fortalecer o ambiente econômico e promover a consolidação fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saudou a decisão da agência de risco.

Em nota, sua pasta reiterou o “compromisso com a agenda de reformas em curso” e que contribuirá “não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”.

“Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, prometeu o Ministério da Fazenda. (Com agências de notícias)


Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.