Veículo lunar indiano confirma presença de enxofre e oxigênio na Lua

 
O veículo explorador lunar da Índia confirmou a presença de enxofre e detectou vários outros elementos perto do polo sul lunar, menos de uma semana após seu histórico pouso na Lua, informou a agência espacial da Índia na terça-feira (29).

O instrumento de espectroscopia induzida por laser do rover indiano também detectou alumínio, ferro, cálcio, cromo, titânio, manganês, oxigênio e silício na superfície lunar, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês), em publicação no seu site.

O veículo lunar desceu uma rampa do módulo espacial indiano Chandrayaan-3, após o pouso da última quarta-feira perto do polo sul da Lua. Espera-se que o rover de seis rodas movido a energia solar Pragyan – “sabedoria” em sânscrito – passeie pelo polo sul, ainda relativamente pouco mapeado, transmitindo imagens e dados científicos durante sua vida útil de duas semanas.

O rover “confirma inequivocamente a presença de enxofre”, declarou a ISRO. O robô também procura sinais de água congelada que possam ajudar futuras missões astronáuticas, como fonte potencial de água potável ou de combustível para foguetes. O rover também estudará a atmosfera e a atividade sísmica da Lua.

Na segunda-feira, a rota do veículo lunar foi reprogramada quando ele se aproximou de uma cratera de quatro metros de largura. “Agora está indo com segurança por um novo caminho”, comunicou a organização.

O veículo se move a apenas cerca de dez centímetros por segundo, para minimizar eventuais choques e danos no terreno acidentado da Lua.

 
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Missão histórica

Por uma fração do custo, a Índia tem consistentemente se equiparado às conquistas de outros programas espaciais, apesar de ter sofrido alguns reveses. Depois de uma tentativa fracassada de pousar na Lua em 2019, agora a Índia juntou-se aos Estados Unidos, União Soviética e China como quarto país a atingir esse marco.

O sucesso da missão confirma o avanço da Índia como tecnologia e potência tecnológica e espacial, encaixando-se na imagem que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, procura projetar com o presente projeto: um país ascendente afirmando seu lugar entre a elite global.

A missão começou há mais de um mês, com um custo estimado de US$ 75 milhões. O pouso do modulo lunar indiano perto do polo sul da Lua ocorreu poucos dias depois de o Luna-25, da Rússia, espatifar-se na superfície lunar quando rumava para a mesma região. Essa teria sido a primeira missão lunar russa a pousar no satélite após uma lacuna de 47 anos.

O chefe da agência espacial estatal Roscosmos atribuiu o fracasso à falta de experiência, devido à longa pausa na pesquisa lunar que se seguiu à última missão soviética à Lua em 1976.

Ativa desde a década de 1960, a Índia lançou satélites próprios e para outros países, além de colocar um na órbita de Marte em 2014. A Índia está planejando para 2024 sua primeira missão à Estação Espacial Internacional, em colaboração com os Estados Unidos. (Com agências internacionais)


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