Ataque a tiros em escola da cidade de São Paulo deixa uma pessoa morta e três feridos

 
Um ataque a tiros na manhã nesta segunda-feira (23) deixou uma estudante morta e três alunos feridos na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da cidade de São Paulo.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, o autor dos disparos é um adolescente de 16 anos, também aluno do colégio. O ataque teria ocorrido por volta de 7h20.

O jovem entrou armado na escola e efetuou diversos disparos, posteriormente sendo apreendido pela Polícia Militar (PM), junto com a arma, e levado para o 70º Departamento de Polícia.

A estudante que morreu levou um tiro na cabeça. Duas outras alunas atingidas foram levadas ao pronto-socorro do Hospital Sapopemba, com ferimentos no tórax e no ombro. Outro estudante se machucou ao fugir durante o ataque.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foram para o local do crime por volta das 10h.

Eles disseram que câmeras de segurança registraram o momento da ação, na qual o atirador teria disparado diretamente na cabeça da vítima, que estava de costas e descia uma escada do prédio.

 
Em post nas redes sociais, o governador lamentou o episódio: “Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas. Na manhã de hoje, três alunos foram atingidos a tiros na Escola Estadual Sapopemba e um deles, infelizmente, não resistiu. O autor dos disparos e a arma foram apreendidos. Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio” escreveu Tarcísio.

A hipocrisia do governador paulista chega a causar engulhos, pois ele defende a população armada – além de ter servido ao armamentista Jair Bolsonaro –, mas diante de uma tragédia abusa do bom-mocismo. Tarcísio de Freitas é um “turista acidental” em São Paulo que flerta o tempo todo com o radicalismo direitista, movimento que levou o País a esse estado de coisas.

Igualmente hipócrita é o secretário Guilherme Derrite (Segurança Pública), adepto confesso da violência policial. Bolsonarista de primeira hora e capitão da reserva da Rota (Rondas Ostensiva Tobias de Aguiar, espécie de tropa de elite da PM paulista), Derrite disse certa feita ser vergonhoso para um policial “não matar nem três pessoas em cinco anos”.

Derrite foi retirado do efetivo da Rota em razão do grande número de confrontos e de pessoas mortas em serviço. Configura desfaçatez dar palpite depois da tragédia ocorrida na escola estadual localizada em bairro da zona leste paulistana.


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