Em 2018, desde antes do início da corrida presidencial, o UCHO.INFO alertou os leitores sobre a essência golpista de Jair Bolsonaro, que algum momento, se eleito, tentaria dar um “cavalo de pau” na democracia brasileira. Na ocasião, a turba bolsonarista nas redes sociais nos dedicou ataques dos mais diversos, mas não recuamos em momento algum diante das investidas sórdidas e covardes.
Ao longo do mandato, o pior da história nacional, Bolsonaro ameaçou a democracia em diversas ocasiões, não sem antes ter militarizado inúmeros postos na estrutura da máquina governamental. Foi com essa estratégia, de nomear militares para cargos federais, que Bolsonaro levou adiante seu plano de golpe de Estado.
O caso da “Abin paralela”, que usou recursos públicos e a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência para, na esteira de uma ação de arapongagem, monitorar os telefones celulares de adversários políticos e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) é demonstração cabal de que não erramos ao usar o termo golpista para fazer referência a Jair Bolsonaro.
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Como sempre acontece quando surgem escândalos envolvendo Bolsonaro e seus quejandos, o discurso da horda bolsonarista será o mesmo de sempre: “perseguição”. Não se pode falar em perseguição mediante o cipoal de provas amealhado pela Polícia Federal, que na última semana cumpriu mandado de busca e apreensão nos endereços de Alexandre Ramagem, o araponga de Bolsonaro.
É importante salientar que na estrutura organizacional do governo a Abin é subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), que no governo Bolsonaro foi comandado pelo general e não menos golpista Augusto Heleno, que precisa ser investigado e responsabilizado pela ação criminosa.
Durante a campanha presidencial de 2022, Jair Bolsonaro e seus apoiadores, no afã de atacar seu principal adversário, diziam que a eleição de Lula levaria o Brasil a uma condição política semelhante à existente na Venezuela, onde o ditador Nicolás Maduro usa instituições estatais para calar os oponentes. Na verdade, o que Bolsonaro pretendia era repetir a receita de Maduro.
Em qualquer país minimamente sério e com autoridades imbuídas de suas obrigações, Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Carlos Bolsonaro e todos os envolvidos na chamada “Abin paralela” estariam presos. Considerando que o Brasil tornou-se o paraíso da impunidade, esses párias da política continuam soltos e ditando ordens.
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