Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que pelo menos cinco estados e o Distrito Federal já acumulam mais casos de dengue nas primeiras semanas de 2024 do que em todo o ano de 2023.
Até segunda-feira (4), o Amapá contabilizava 1.950 casos prováveis da doença contra 1.237 no ano passado. No Amazonas, são 8.304 casos prováveis contra 6.450. Em Goiás, a proporção é de 69.737 casos prováveis contra 69.718. No Rio de Janeiro, são 92.445 casos prováveis contra 49.330. Em Roraima, a proporção é de 299 casos prováveis contra 237. Já o Distrito Federal tem 117.588 casos prováveis contra 38.584 em 2023.
No Amapá, o coeficiente de incidência da dengue é de 265,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. No Amazonas, são 210,7 casos para cada 100 mil habitantes. Em Goiás, 988,4 casos para cada 100 mil habitantes. No Rio de Janeiro, são 575,8 casos para cada 100 mil habitantes. Em Roraima, 47 casos para cada 100 mil habitantes. E no Distrito Federal, 4.174,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Das unidades federativas com casos que superam os de 2023, Acre, Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro decretaram emergência em saúde pública em razão da explosão de casos de dengue. Minas Gerais também decretou emergência e já registra, em 2024, um número bem próximo ao total de casos prováveis contabilizados em 2023: são 407.977 casos contabilizados nas primeiras semanas deste ano contra 408.393 ao longo de todo o ano passado.
Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo também decretaram emergência em saúde pública – o primeiro tem 43.743 casos prováveis de dengue contra 138.426 no ano passado, o segundo, 35.536 casos contra 144.368 em 2023 e o terceiro, 217.633 contra 339.604.
Até o momento, o País registra 1.017.278 casos da doença, com 278 mortes confirmadas neste ano e 744 sob investigação.
De acordo com o Ministério da Saúde, 75% dos focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença, estão dentro dos domicílios, por isso o governo federal se concentra em campanhas educativas e visitas de agentes de saúde às residências.
São Paulo
O governo paulista decretou na manhã desta terça-feira (5) estado de emergência para a dengue. A Secretaria Estadual da Saúde já registrou 31 mortes pela doença em 21 municípios, sendo que outros 122 óbitos ainda estão em investigação.
Os óbitos já confirmados em São Paulo ocorreram nas cidades de Bebedouro (1), Bariri (2), Bauru (1), Pederneiras (2), Bragança Paulista (1), Campinas (1), São Paulo (2), Franca (1), Restinga (1), Marília (3), Guarulhos (3), Suzano (1), Batatais (1), Ribeirão Preto (2), Serrana (1), Mauá (1), Parisi (1), Votuporanga (1), Pindamonhangaba (2), Taubaté (2) e Tremembé (1).
De acordo com o Centro de Operações Emergenciais (COE), criado para monitorar a doença em São Paulo, o estado atingiu 300 casos confirmados para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos dias.
A decretação de emergência em saúde pública dará maior visibilidade ao surto da doença e permitirá a destinação de recursos para o combate à dengue, com suporte do Ministério da Saúde. O governo de São Paulo pretende comprar equipamentos e fazer contratações para minimizar os impactos da doença. (Com ABr)
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