Ativista recua e alega não ter provas de que Alexandre de Moraes ameaçou advogado da rede social X

 
O ativista e jornalista norte-americano Michael Shellenberger mudou o discurso e, nesta quinta-feira (11), disse não ter provas de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou processar criminalmente um advogado brasileiro da rede social X (antigo Twitter).

Em um post no X, Shellenberger afirma não ter provas do suposto processo criminal. “Isso está incorreto”, escreveu.

O aludido processo é uma ação do Ministério Público de São Paulo que solicitava acesso a dados cadastrais com o objetivo de prender uma liderança da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo documento publicado pela advogada Estela Aranha, ex-secretária do Ministério da Justiça, para rebater o jornalista.

Contudo, Shellenberger garante que os arquivos do chamado “Twitter Files Brasil” (textos publicados por ele) são precisos. “No texto acima eu inadvertidamente misturei a exigência de Moraes de desmascarar as identidades das pessoas que usaram essas hashtags com casos diferentes. Lamento o erro e peço desculpas pelo meu erro”.

Quem é o jornalista

Ativista de 51 anos, o norte-americano Shellenberger já foi progressista. “Aos 17 anos morei na Nicarágua para demonstrar solidariedade à revolução sandinista. Aos 23, angariei dinheiro para cooperativas de mulheres da Guatemala. Aos 20 e poucos anos, morei perto da Amazônia fazendo pesquisas com pequenos agricultores que lutavam contra invasões de terras”, escreveu em artigo para o Centro de Pesquisa Política da Nova Zelândia, em 2020.

O jornalista afirmou ter vivido no Brasil em 1992, quando “era muito de esquerda”. “Na época, as palavras de ordem de Lula e do PT eram ‘Sem medo de ser feliz’“, escreveu no X após a publicação dos arquivos contra Moraes.

Shellenberger afirma que conheceu Lula e se decepcionou com a esquerda. Em entrevista ao Correio do Povo, em 2021, disse que entrevistou Lula “pessoalmente em 1994, entrevistei o Daniel Ortega [presidente da Nicarágua] e trabalhei por pouco tempo com Hugo Chávez [ex-presidente Venezuelano morto em 2013]”.


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