Um dos mais famosos jogadores da história da National Football League (NFL), a liga de futebol americano, O.J. Simpson morreu aos 76 anos, vítima de câncer, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela família do nesta quinta-feira, dia 11, na conta oficial de O.J. nas redes sociais.
“No dia 10 de abril, o nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à sua batalha contra o câncer. Ele estava cercado por seus filhos e netos. Durante este período de transição, a família dele pede que você respeite seus desejos de privacidade e graça”, diz a postagem.
O.J. Simpson começou a carreira no Buffalo Bills (1969–1977) e depois marcou época defendendo a equipe San Francisco 49ers (1978–1979). “Running back” de grande velocidade, Simpson acumulou premiações e recordes e se tornou um dos jogadores de maior sucesso da NFL. Além disso, tornou-se símbolo de sucesso entre a comunidade negra no nos Estados Unidos.
Apesar de nunca ter vencido um Super Bowl, jogo anual do campeonato da NFL, tendo participado somente de um jogo de playoffs em 1974, O. J. Simpson foi o maior corredor da competição por quatro temporadas. Correu mais de 200 jardas em seis jogos, marca que até hoje não foi alcançada.
Ele também foi ator e trabalhou em programas de televisão, mas ficou marcado pelo julgamento do assassinato a facadas da ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e seu amigo, Ron Goldman, durante a década de 1990.
O caso gerou grande repercussão à época e ficou conhecido como o “julgamento do século”, gerando debate sobre racismo pelo fato de as vítimas serem brancas. Ele foi inocentado ao fim do processo. O júri era formado por 9 negros, 2 brancos e 1 hispânico. Dos 12 jurados, 10 eram mulheres. O veredito “inocente” foi anunciado em 3 de outubro de 1995.
Contudo, em 1997, Simpson perdeu uma ação civil decorrente de morte por negligência e um tribunal civil obrigou-o a pagar US$ 33,5 milhões.
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