Evento climático

(*) Gisele Leite

Ao fim de abril do corrente ano, assistimos a evento climático extremo, onde fortes chuvas inundaram cidades e vidas no Rio Grande do Sul. Sim, é uma catástrofe socioambiental, emergência climática que passa a habitar a verve de autoridades e do povo brasileiro. Deu-se chuvas intensas, prolongadas e dotadas de grande volume. Estima-se que mais de sessenta por cento do território gaúcho recebeu volume de chuva superior a oitocentos milímetros.

Em menos de quinze dias choveu o equivalente a cinco meses. O pior é que há nova previsão de frente fria trazendo mais chuvas. O Congresso Nacional aprovou rapidamente a transferência de recursos para o Rio Grande do Sul e, a criação de sistemas de alerta para quase dois mil municípios situados em graves áreas de risco. Com mais de uma centena de óbitos, a tragédia gaúcha já adentrou para lista das maiores catástrofes causadas por tempestades na história brasileira.

Ao todo, registram-se mais de sessenta e seis mil desabrigados, mais de cento e sessenta e três mil desalojados e, cerca de mais de trezentas pessoas feridas. E, o número de desaparecidos também é assombroso. Em meio ao desastre, cenas comoventes como o idoso que reencontrou seus cachorros e, a do cavalo esquálido por quatro dias sem comer, no telhado da casa e que foi, felizmente, resgatado. O nível da água supera os cinco metros de altura e as atuais condições ainda não oferecem segurança para o retorno dos moradores.

Além do perigo físico, a propagação de doenças em razão dos ambientes alagados é sério risco para saúde pública. Há lugares sem água potável e nem víveres para o mínimo de sobrevivência. Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho ativou um canal de doações para a conta SOS Rio Grande do Sul. Foi restabelecida a chave Pix (CNPJ: 92.958.800/0001-38), a mesma utilizada no ano passado, vinculada à conta bancária aberta pelo Banrisul.

As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas que tenham condições de ajudar as vítimas das enchentes. É importante termos solidariedade e ajudar. Importante informar que ocorreram casos pontuais de multas contra caminhões levando doações para o RS, mas serão anuladas, como informam os canais oficiais do governo e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Somente a solidariedade pode resgatar a dignidade humana do cidadão dessa enxurrada trágica. Ajude!

(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.

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