Maduro expulsa embaixadores e diplomatas de 7 países que contestaram resultado da eleição

 
O governo autoritário de Nicolás Maduro expulsou, nesta segunda-feira (29), o corpo diplomático de sete países, que não reconheceram a vitória do ditador chavista na eleição de domingo (28). A expulsão ocorreu após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão máximo eleitoral do país, ter proclamado Maduro como presidente reeleito da Venezuela.

Os países que tiveram o corpo diplomático expulso são: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

Entre os países que tiveram os diplomatas e embaixadores expulsos estão Argentina, Chile, Panamá, Peru e Uruguai, que contestaram o resultado das eleições na Venezuela.

A carta com a expulsão foi publicada pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil Pinto. Ele diz que o país “rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com ideologias sórdidas do fascismo internacional” e que este grupo quer desconhecer o resultado da eleição realizada no domingo (28).

“Ante este precedente nefasto que atenta contra nossa soberania nacional, decidimos retirar todo o corpo diplomático de nossas missões na Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, bem como expulsar de imediato seus representantes do território venezuelano.”


 
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Outros países também contestaram o resultado das eleições: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Peru, Colômbia, Guatemala e Portugal. Parabenizaram Nicolás Maduro os governos da Rússia, China, Irã, Bolívia, Cuba e Nicarágua.

O Ministério Público venezuelano divulgou comunicado saudando o povo venezuelano pela demonstração de civilidade e democracia durante as eleições. Na mensagem, reconhece a vitória de Maduro e afirma que “rejeita as declarações temerárias de alguns poucos governos da América Latina que querem mandar na democracia venezuelana”.

O governo brasileiro ainda não se manifestou. O Itamaraty afirmou que “acompanha com atenção o processo de apuração” e que aguarda a divulgação de informações mais detalhadas, como os “dados desagregados”, pelo CNE. O governo do presidente Lula afirma que isso é um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. Esses dados incluem as informações que estão nas atas, como os dados por locais de votação.

O CNE, órgão presidido por um aliado do presidente do país vizinho, informou que Nicolás Maduro venceu e foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor, Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que González venceu a eleição, com base em 73,2% das atas eleitorais.

A oposição acusou o órgão de ocultar as atas para maquiar o resultado das eleições. O grupo opositor, que se uniu em torno da candidatura de Edmundo González, argumentou que pesquisas de boca de urna apontavam vitória de González sobre Maduro com folga.


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