Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) disputarão o segundo turno das eleições na cidade de São Paulo. Nunes teve 29,48% dos votos válidos, Boulos, 29,07%. O terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), alcançou 28,14% dos votos.
O resultado deste domingo (6) na eleição da cidade de São Paulo é semelhante às previsões das pesquisas eleitorais, que apontavam empate técnico entre os três candidatos – Nunes, Boulos e Pablo Marçal (PRTB).
Nos dois dias anteriores à votação, alguns destacados integrantes da campanha de Ricardo Nunes temiam pelo pior: o tropeço do emedebista no primeiro turno. Contudo, o cenário começou a mudar na sexta-feira após Marçal divulgar nas redes sociais laudo falso sobre Guilherme Boulos, associando o candidato do PSOL ao uso de cocaína, fato desmentido de forma categórica e largamente comprovado.
Pablo Marçal, que não concedeu entrevista após a confirmação da derrota, teve perfis em redes sociais derrubados por determinação da Justiça e entrou na mira de investigações policiais e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Fora da disputa pela Prefeitura de São Paulo, Marçal terá de enfrentar uma árdua batalha para não ser condenado, preso e declarado inelegível. Tal cenário impacta suas pretensões para 2026.
Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o golpista Jair Bolsonaro serão cobrados por maior participação nas campanhas de Nunes e Boulos no segundo turno. Lula não foi tão presente na campanha de Boulos quanto o candidato do PSOL gostaria. Em outro vértice da disputa, Bolsonaro, caso decida apoiar declaradamente Nunes, será obrigado a dividir palanque com Tarcísio de Freitas, que teve papel preponderante na vitória parcial do atual prefeito. Temendo a vitória de Marçal, Bolsonaro preferiu desaparecer da campanha do emedebista.
Mesmo inelegível e prestes a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por seu envolvimento no escândalo das joias sauditas, Bolsonaro ainda alimenta o sonho de retornar ao Palácio do Planalto, que também está nos planos de Tarcísio.
O segundo turno é considerado uma nova eleição, pois os candidatos terão tempos de rádio e televisão idênticos, o que de certa forma favorece Guilherme Boulos. Por outro lado, Ricardo Nunes tentará convencer o eleitorado de que sua gestão foi exitosa. Quem conhece a cidade de São Paulo com mais intimidade sabe que a administração de Nunes foi desastrosa. No horário eleitoral e nos debates, o prefeito destilou um cipoal de mentiras.
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