O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), conquistou neste domingo (6) mais da metade dos votos válidos nas eleições e foi reeleito no primeiro turno para seu quarto mandato à frente da capital fluminense.
Com todas as urnas apuradas, Paes teve 60,47% dos votos válidos (1.861.856 votos). Os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), com 30,81% (948.631 votos), e Tarcísio Motta (PSOL), com 4,20% (129.344 votos).
A partir de janeiro de 2025, Paes se torna o político com maior tempo na administração do Rio de Janeiro, superando seu padrinho político, o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (PSD), que teve três mandatos. Paes governou a cidade por dois mandatos entre 2009 e 2016, e voltou ao Palácio da Cidade em 2021.
A vitória no primeiro turno credencia Paes para concorrer ao governo estadual em 2026, o que, durante a campanha, prometeu não fazer. Caso mude de posição, ficará no cargo por apenas um ano e quatro meses, deixando a cidade nas mãos do vice-prefeito eleito, Eduardo Cavaliere (PSD).
Aliados garantem que Paes tem planos maiores. A primeira hipótese é uma vaga de vice na chapa de Lula em 2026. A segunda, candidatura própria ao Palácio do Planalto, caso o petista não busque a reeleição e o golpista Jair Bolsonaro permaneça inelegível. Eduardo Paes não descartada cumprir o novo mandato até o fim, reunindo condições políticas para a disputa presidencial de 2030. Caso prevaleça essa estratégia, o prefeito contornaria o Palácio Guanabara, sede do governo fluminense e considerado reduto de mau agouro político.
Em seu pronunciamento após a divulgação do resultado, Eduardo Paes deixou de lado os cuidados da campanha e nacionalizou o discurso, afirmando que sua vitória representa “um exemplo para o Brasil”.
Na companhia do deputado bolsonarista Otoni de Paula (MDB) e dos governistas Benedita da Silva (PT) e Jandira Feghalli (PC do B), entre outros representantes de esquerda, o prefeito destacou o arco de alianças que construiu.
“Essa eleição é sobre aquilo que a gente deseja para o Brasil. Chegou a hora de a gente parar com essa polarização, com essa dualidade. Sempre uma briga de um contra ou outro, como se fôssemos inimigos. Nós não somos. Aqui tem um grupo de pessoas que pensa diferente, mas que mostrou que dá para se juntar independente das nossas visões de mundo”, disse Paes na Gávea Pequena, residência oficial do prefeito.
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