O posicionamento ambíguo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em relação ao genocídio praticado na Faixa de Gaza e aos seguidos bombardeios no Líbano tem passado ileso na grande imprensa internacional, sabidamente dominada pelo capital judeu. Em xeque não está a notícia em si, mas a forma como ambos os assuntos são tratados pelos veículos de comunicação.
Biden, que parece não se preocupar com o fato de passar para a história pela porta do fundo, defende um cessar-fogo no Oriente Médio, mas continua armando o governo facinoroso de Benjamin Netanyahu.
A desmoralização de Biden é tamanha, que Tel Aviv não se incomoda com os apelos disparados a partir da Casa Branca. Talvez porque Netanyahu saiba que tudo não passa de um mal ensaiado jogo de cena presidente americano, que se calou diante do discurso acintoso do israelense na Assembleia Geral da ONU.
Biden pediu a Netanyahu para não atacar posições petrolíferas e nucleares do irã, mas o primeiro-ministro israelense, que já deveria estar preso, finge não entender os apelos. Isso porque Israel não desistiu de revidar o ataque iraniano com drones, que conseguiu driblar o chamado “domo de ferro” e destruiu instalações militares israelenses.
A crueldade disseminada pelas tropas israelenses na Faixa de Gaza, onde morreram quase 50 mil pessoas, é aterrorizante a ponto de classificar Netanyahu como criminoso de guerra. Mesmo assim, Biden insiste na tese boquirrota de que Israel tem o direito de se defender. O fracasso de Netanyahu é inequívoco, pois boa parte dos israelenses sequestrados pelo Hamas ainda continua em poder do Hamas. Em suma, Netanyahu fracassou, mas levou adiante uma investida genocida no enclave palestino.
A Casa Branca alertou Israel que os Estados Unidos poderão impor restrições ao envio de ajuda militar caso não ocorra, no prazo de trinta dias, melhora significativa na situação humanitária na Faixa de Gaza. Por certo Biden imagina que os palestinos conseguirão sobreviver sem comer durante um mês.
No último domingo (13), em carta enviada a Netanyahu, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, “deixaram claro ao governo de Israel que há mudanças que precisam ser feitas para garantir que o nível de assistência que chega a Gaza melhore dos níveis muito, muito baixos em que está hoje”, informou um porta-voz estadunidense.
Há quase duas semanas, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram nova ofensiva terrestre no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, ordenando que as pessoas deixassem a área, mais uma vez. As IDF informaram que a inteligência israelense detectou esforços do Hamas para se restabelecer na região.
Os palestinos e a Organização das Nações Unidas (ONU) temem que a recente invasão seja parte de estratégia de “render-se ou morrer de fome” por parte de Israel, para deslocar à força os residentes do norte de Gaza e isolar essa região do enclave. Com a desfaçatez de sempre, o governo criminoso de Netanyahu nega.
Em relação ao Líbano, o país tem enfrentado seguidas violações da sua soberania, pois Israel tem realizado bombardeios em várias regiões sob a alegação de combater o grupo radical islâmico Hezbollah. A ousadia criminosa do governo israelense vai além, com ataques à sede da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), no sul do país, próximo à fronteira com Israel.
Em declarações marcadas pelo deboche, Israel afirma que tem solicitado à Unifil que deixe a região para evitar dissabores em meio ao combate ao Hezbollah.
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