Declarações temerosas do presidente da Câmara exigem atenção redobrada dos brasileiros

Na edição de 30 de janeiro, o UCHO.INFO afirmou que a chegada de Hugo Motta (Republicanos- PB) ao comando da Câmara dos Deputados causaria problemas ao governo do presidente Lula, que está aquém das expectativas, e principalmente à democracia.

Motta é afilhado político de Eduardo Cunha, ex-deputado e um dos principais alvos da Operação Lava-Jato, escândalo de corrupção que sagrou os cofres da Petrobras.

Na edição da última quarta-feira, 5 de fevereiro, destacamos que Hugo Motta mostrou a que veio ao demonstrar complacência com o projeto que altera da Lei da Ficha Limpa, o que em tese anularia a inelegibilidade do golpista Jair Bolsonaro.

Não obstante, Motta tem dado declarações equivocadas sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, quando uma turba, liderada por Bolsonaro e outros extremistas de direita, promoveram a depredação das respectivas sedes dos três poderes, como forma de abrir caminho para um golpe de Estado.

Motta tem defendido a tese de que os ataques às instituições, ocorridos em 8 de janeiro, não representaram uma tentativa de gole de Estado, mas uma ação de vândalos, o que corrobora com o discurso de crime impossível, entoado por bolsonaristas.

Esdrúxula em temos legais, a teoria defendida pelos bolsonaristas conta com uma estratégia que causa inveja aos mais rocambolescos enredos de novela. Familiares de presos na esteira dos atos golpistas estão sendo levados ao Congresso para, à sombra de conversas com políticos e entrevistas à imprensa, tentar sensibilizar a opinião pública.

Os adeptos do golpismo têm recorrido aos subterrâneos da hermenêutica para tentar desqualificar os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Considerando que o brasileiro não é entusiasta das questões políticas, o País está permanece diante de iminente ameaça.

É preciso cautela e atenção redobrada com os próximos passos do presidente da Câmara dos Deputados, pois, como afirmamos logo após o fatídico 8 de janeiro, a ameaça de um golpe de Estado continua rondando a democracia brasileira, mesmo sabendo que tais manobras serão contidas pelo Judiciário.

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