Esta terça-feira, 25 de março, é um dia histórico para o Brasil, que assiste ao julgamento sobre a aceitação de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra oficiais militares da reserva acusados de comandar trama golpista, que não logrou êxito devido à postura firma da Justiça.
Líder do fracassado plano de golpe de Estado e ex-presidente da República, Jair Bolsonaro é destaque no julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro, que pretendia manter-se no poder após ser derrotado na eleição de 2022, é defendido pelo renomado criminalista Celso Vilardi, que até recentemente criticava a tentativa de golpe e elogiava a atuação da Polícia Federal no trabalho de investigação e obtenção de provas contra os golpistas.
No tempo destinado à defesa dos acuados, Vilardi disse que “não se achou absolutamente nada” contra o ex-presidente. O criminalista destacou que Bolsonaro “foi o presidente mais investigado do país”.
Em sua fala, o criminalista Celso Vilardi também afirmou: 1) Os investigadores não encontraram qualquer documento sobre o plano golpista com Bolsonaro; 2) crimes contra a democracia são “impossíveis”, já que se iniciaram em dezembro de 2021, quando o governo de então era justamente o de Bolsonaro; 3) que a denúncia contém 45 mil documentos, “um quebra-cabeça exposto à defesa”; 4) que o tema deve ser julgado no plenário do STF; 5) que o presidente não tem relação com o plano “Punhal Verde e Amarelo” e “Operação Copa 2022”; 6) que o material da delação de Mauro Cid deve ser confirmado por provas, mas ocorreu o inverso. “O delator tem que falar e o Estado tem de trazer as provas”; 7) que não é possível imputar a responsabilidade como líder de organização criminosa sendo que Bolsonaro não participou do 8 de janeiro. Pelo contrário, repudiou. 8) querer a rejeição da denúncia.
O UCHO.INFO sempre manteve postura legalista e garantista – assim continuará fazer –, o que significa defender o direito do acusado à ampla defesa e ao devido processo legal, mas configura atentado à coerência um outrora crítico da tentativa de golpe mudar de opinião apenas pelo fato de liderar a defesa de um dos acusados.
O advogado tem o dever de defender o cliente com determinação espartana, mas não se pode ignorar a capacidade de compreensão da parcela de bem da sociedade, ou seja, o discurso vitimista, calcado na falsa tese de perseguição política, é mera e desprezível conjectura.
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