STF: “Não foi passeio no parque”, diz Alexandre de Moraes sobre ataques golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (26) que os ataques de 8 de janeiro “não foram um passeio no parque”, mas “verdadeira guerra campal” em torno das sedes dos três Poderes da República.

A declaração foi feita durante a leitura do voto sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados de alto escalão de seu governo, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter planejado e executado um golpe de Estado malsucedido.

Moraes trouxe um vídeo com imagens da depredação dos prédios públicos e da violência registrada naquele dia. “É importante lembrar que tivemos uma tentativa de golpe de Estado violentíssima”, disse ele. “Uma violência selvagem, com pedido de intervenção militar”, acrescentou.

“Essas imagens, penso que não deixam nenhuma dúvida da materialidade dos delitos praticados na forma narrada pela Procuradoria-Geral da República”, disse o ministro.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou, em fevereiro, Bolsonaro e mais 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça, depredação de patrimônio tombado e organização criminosa armada.

Pela narrativa do PGR, os atos golpistas começaram em meados de 2021, com ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, visando à criação da animosidade na sociedade e o clima para que Bolsonaro pudesse se manter no poder mesmo com derrota em sua tentativa de reeleição.

A tentativa de golpe se encerrou somente com os atos violentos de 8 de janeiro, segundo o procurador-geral, que acusou o chamado “núcleo crucial” do golpe, composto por Bolsonaro e outros sete civis e militares, de terem participação, por contribuição, nos ataques aos prédios públicos.

Nesta quarta-feira, a Primeira Turma do STF, composta por cinco dos 11 ministros da Corte, começou a decidir sobre a admissibilidade da denúncia de tentativa de golpe relativa ao “núcleo crucial”.

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