A semana começou no escuro em parte da Europa, com foco na Espanha e em Portugal, países onde um apagão de energia provocou caos em vários setores. Vencidos os primeiros obstáculos causados pelo blecaute, a energia foi restabelecida em 61% do território espanhol. Em Portugal, a situação está se normalizando. Mesmo assim, os governos de Madrid e de Lisboa não descartam uma terça-feira ainda marcada pelo caos.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu aos espanhóis, na segunda-feira (28), para que evitassem deslocamentos desnecessários e usassem o telefone em casos de emergência. O apagão afetou os sistemas de transporte, abastecimento e logístico do país europeu.
Sánchez disse que ainda não é possível identificar as causas do apagão, o pior da história espanhola, mas foram descartadas as hipóteses de ataque cibernético e fenômeno atmosférico. “As causas ainda estão sendo estudadas. É melhor não especular”, disse o primeiro-ministro, ressaltando que é importante confiar somente em informações oficiais.
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Em Portugal, a companhia Redes Energéticas Nacionais (REN) atribuiu o blecaute a um raro fenômeno atmosférico, decorrido de variações térmicas no interior da Espanha. O Centro Nacional de Cibersegurança português emitiu comunicado afirmando não haver indícios de que a interrupção tenha sido causada por um ataque cibernético.
O governo português afirmou que a queda de energia teria sido provocada por problemas externos ao país, disse o ministro Leitão Amaro à agência de notícias nacional Lusa. “Parece que foi um problema com a rede de distribuição, aparentemente na Espanha. Ainda está sendo apurado”, afirmou.
O apagão atingiu toda a Espanha e Portugal, incluindo as respectivas capitais, interrompendo o fornecimento de energia em redes de metrô, linhas telefônicas, semáforos e caixas eletrônicos. De acordo com a distribuidora portuguesa E-Redes, o apagão também afetou partes da França.
Apesar da cautela adotada por autoridades dos dois países em relação às causas do problema, o apagão teve como origem uma desconexão com o sistema elétrico da França. A explicação foi dada por Eduardo Prieto, diretor do operador elétrico da Espanha.
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