Oportunista e descontrolado, Ciro Gomes culpa Lula pela fraude do INSS, mas ignora digital do PDT

No campo da medicina, a esquizofrenia é classificada como transtorno mental complexo caracterizado por alterações no pensamento, percepção e comportamento, que podem incluir alucinações, delírios e distúrbios cognitivos. Na seara política sobram esquizofrênicos, mesmo que não acometidos pelo transtorno, mas porque insistem em viver em realidade paralela marcada por alucinações ideológicas e delírios eleitorais.

O ex-governador Ciro Gomes (CE), que sempre abusa da verborragia como forma de voltar aos holofotes, culpou o presidente Lula pelo escândalo do INSS. Ciro, que em 2022 afirmou que não mais concorreria a cargos eletivos, parece disposto a desdizer a si próprio.

Com Jair Bolsonaro inelegível e o governo do presidente Lula enfrentando seguidos solavancos, talvez Ciro queira chamar a atenção para se viabilizar como candidato presidencial fora da atual polarização política. Sonhar em subir a rampa do Palácio do Planalto é direito de qualquer cidadão, mas Ciro Gomes deveria calibrar o pensamento para evitar declarações estapafúrdias.

Ciro sabe que a responsabilidade pelas fraudes no INSS é também de Carlos Lupi, que indicou Wolney Queiroz (atual ministro da Previdência) para ser o número 2 da pasta e Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS demitido no rastro da Operação Sem Descontos, da Polícia Federal. Vice-presidente do PDT, Ciro tenta bajular Lupi para garantir eventual candidatura ao Palácio do Planalto.

Fios trocados

Em outro vértice do polígono da insensatez, a bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu deixar a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo do desembarque é a demissão de Carlos Lupi, então ministro da Previdência Social, na esteira do escândalo dos descontos associativos não autorizados nas aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na Câmara, a bancada do PDT conta com 17 parlamentares.

A atitude dos pedetistas da Câmara é clara demonstração de incoerência, pois Wolney Queiroz, então secretário-executivo do ministério, foi nomeado pelo presidente da República para comandar a pasta por indicação do partido. É importante lembrar que Queiroz chegou à secretaria executiva do ministério por escolha de Lupi, que é presidente nacional do PDT.

No contraponto, a bancada do PDT no Senado decidiu não romper com o governo Lula. O partido tem três senadores: Ana Paula Lobato (MA), Leila Barros (DF) e Weverton Rocha (MA). O líder da legenda no Senado é Weverton Rocha, cujo mandato termina em janeiro de 2027.

O líder pedetista continua flertando com o Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense. Caso decida concorrer ao governo do Maranhão em 2026, Weverton precisa estar ao lado do governo Lula. No mais pobre estado da federação, Lula tem boa aprovação.

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