Réus na ação penal sobre a fracassada tentativa de golpe de Estado, os integrantes do “núcleo 1” da trama golpista, liderada por Jair Bolsonaro, recorrem à covardia durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) e negam participação no plano que visava atentar contra a democracia e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na manhã desta terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes interrogou os réus Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Augusto Heleno (ex-chefe do GSI) e Anderson Torres (ex-ministro da Justiça).
Garnier afirmou que se ateve ao seu papel institucional ao participar de reuniões no Palácio do Planalto, ocasião em que Bolsonaro teria discutido o resultado das eleições presidenciais de 2022 e um suposto plano de golpe de Estado com os então chefes das Forças Armadas e integrantes da equipe de governo.
“A Marinha é extremamente hierarquizada. Seguimos bem à risca o estatuto dos militares, que diz que a um subordinado é dado apenas o direito de pedir, por escrito, uma ordem que ele receba e considere flagrantemente ilegal”, disse Garnier.
Esperar um ato de grandeza do ex-comandante da Marinha seria tão enganoso quanto acreditar que os seres humanos vêm ao mundo no bico da cegonha. Garnier participou da trama golpista, como afirmaram os ex-comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB), Marco Antônio Freire Gomes e Carlos de Almeida Baptista Júnior, respectivamente, mas agora, com a Justiça em seu encalço, tenta vender a imagem de defensor da democracia e respeitador do ordenamento legal.
Em que pese o direito constitucional à presunção de inocência (CF artigo 5º, inciso LVII), em qualquer país minimamente sério e que tem a democracia como bem maior da sociedade, os golpistas liderados por Bolsonaro estariam respondendo à ação penal atrás das grades. Isso porque o perigo de nova tentativa de golpe é real.
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