Imprensa insiste em repercutir trágico acidente aéreo na Índia com análises baseadas no achismo

O trágico acidente aéreo ocorrido na Índia, nesta quinta-feira (12), deixou pelo menos 290 mortos. Um Boeing 787-8 da companhia Air India, que fazia o voo AI-171, partiu de Ahmedabad com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres.

Logo após a decolagem, a aeronave, com 242 pessoas a bordo, caiu sobre uma área residencial próxima ao aeroporto.

A aeronave era pilotada pelo capitão Sumeet Sabharwal, experiente piloto instrutor com 8.200 horas de voo, acompanhado pelo primeiro oficial Clive Kundar, com 1.100 horas de experiência, de acordo com a Direção Geral de Aviação Civil (DGCA).

“O voo AI171 esteve envolvido em um incidente hoje. No momento, estamos apurando os detalhes e compartilharemos novas atualizações o mais breve possível”, afirmou a Air India. A companhia informou que entre os passageiros estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense, sendo 11 crianças.

Relatório dos controladores de tráfego aéreo aponta que a aeronave decolou da pista 23 às 13h39 (horário local, 5h09 no horário de Brasília). Cinco minutos depois, após o chamado de socorro, a aeronave não respondeu às comunicações e caiu no solo.

Segundo o site Flightradar24, o avião atingiu altitude máxima de 190 metros, o que corresponde a quase 130 metros acima do nível do aeroporto. Depois, desceu a uma velocidade de cerca de 145 metros por minuto.

A imprensa internacional noticiou o trágico acidente, inclusive veículos brasileiros, mas, como sempre, causa espécie o fato de jornalistas quererem se antecipar às investigações e estabelecer as causas da queda da aeronave.

No Brasil, assim como acontece ao redor do planeta, veículos de imprensa entrevistaram especialistas em segurança de aviação, com o objetivo de conseguir um “furo de reportagem”.

Qualquer especialista no assunto é cauteloso a ponto de afirmar que o melhor é aguardar as investigações realizadas pelas autoridades indianas do setor.

O máximo que se pode afirmar, até o momento, é que o avião decolou e não ganhou altura. O motivo da falha precisa ser apurado com a devida responsabilidade. Qualquer afirmação sobre as causas do acidente é mera obra do achismo.

Além disso, é importante destacar que um acidente aéreo não ocorre devido a uma causa isolada, mas em decorrência de conjunto de fatores. Identificar tais fatores demanda tempo.

Por outro lado, especulações configuram desrespeito aos familiares das vítimas que embarcaram no voo da Air India e das que estavam em solo.

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