O governo de Terrão decidiu responder ao bombardeio israelense, ocorrido na madrugada desta sexta-feira (13), disparando contra Tel Aviv uma centena de mísseis balísticos, muitos dos quais conseguiram escapar do chamado Domo de Ferro, sistema antimísseis de Israel.
O ataque aéreo de Israel foi marcado pela irresponsabilidade, pois atingiu instalações nucleares iranianas, o que poderia gerar uma catástrofe de grandes dimensões e sem controle. A alegação do governo de Benjamin Netanyahu de que o ataque foi preventivo, com base na informação de que o Irã tem armazenado urânio enriquecido para produzir bombas atômicas, não justifica. Além disso, viola normas internacionais de segurança quando o assunto é instalação nuclear.
Acusado por crimes como fraude, quebra de confiança e recebimento de suborno, Netanyahu precisa se manter no poder como forma de evitar condenação à prisão. Por esse motivo, o primeiro-ministro israelense usa deliberadamente o sangue alheio para alcançar seus objetivos. O genocídio na Faixa de Gaza é prova inconteste disso.
O ataque iraniano, que alcançou Tel Aviv e Jerusalém no começo da noite (horário local), deixou ao menos uma pessoa morta e dezenas de feridos. Logo após o início da ofensiva iraniana, o líder supremo Ali Khamenei acusou Israel de ter iniciado uma guerra. Khamenei declarou que o governo de Benjamin Netanyahu cometeu “um grande erro”.
A Guarda Revolucionária do Irã, que conta com mais de 190 mil soldados (divididos em forças terrestres, paramilitares, navais, aéreas e cibernéticas) afirmou que lançou ataques contra vários alvos em território israelense. À agência Reuters, um oficial iraniano declarou que a retaliação “apenas começou” e prometeu que Israel ” pagará caro” pelas mortes de militares, cientistas e civis iranianos.
Como resposta, Israel voltou a atacar o Irã, desta vez na região de Isfahan, onde há importantes instalações nucleares do país. Tal cenário pode ser interpretado como prenúncio de uma guerra na região, caso a comunidade internacional decida não atuar para evitar o pior.
Os Estados Unidos, por enquanto, adotam um discurso moderado diante dos fatos, pois sabem que um dos principais aliados do Irã é o governo de Vladimir Putin, que a depender do desdobramento do conflito poderá entrar em cena. Não interessa a nenhum país da região e ao planeta como um todo uma escalada das tensões entre Teerã e Tel Aviv.
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