Envolvido em escândalos, Aidar afirma que deixará a presidência do São Paulo FC na terça-feira

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Ainda presidente do São Paulo Futebol Clube, o advogado Carlos Miguel Aidar afirmou na manhã de domingo (11) que renunciará ao cargo na noite de terça-feira. “Já convoquei. Tanto os diretores renunciantes como os líderes de partidos. Se o conselho ainda estiver aberto, protocolo a renúncia na terça à noite”, afirmou Aidar ao UOL.

Ao longo da última semana, o cartola tricolor foi alvo de inúmeros conselhos para deixar o cargo, inclusive de seus sócios no escritório de advocacia. O último apelo foi de sua própria filha, que em rede social postou mensagem pedindo paz em suas vidas, “nem que para isso ele [Aidar] tenha que sair da presidência”.

A decisão de deixar o comando do clube do Morumbi decorreu de uma arrastada negociação, liderada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz, amigo de Aidar. O grupo que queria a saída do presidente deu até terça-feira (13) para que ele deixe a presidência do SPFC. Do contrário, mostrariam tudo o que sabem sobre a gestão de Aidar.

Em um ano e meio de mandato, Carlos Miguel Aidar envolveu-se em uma série de escândalos, cenário que foi marcado por ameaças de impeachment por parte do ex-vice Ataíde Gil Guerreiro.

Guerreiro deixou a diretoria na última terça-feira (6), após uma briga com Aidar, que foi alvejado por um soco desferido pelo ex-vice, o principal opositor do presidente no momento. Ataíde enviou um e-mail ao presidente são-paulino, informando ter gravações que provam pedidos de propina e desvio de dinheiro no Morumbi.

Com a renúncia de Aidar, assumirá temporariamente o comando do São Paulo Carlos o presidente do conselho deliberativo, Augusto de Barros e Silva, o Leco. O dirigente terá até trinta dias para convocar uma nova eleição, sendo que ele próprio será candidato.

Leco é o favorito para assumir a presidência do São Paulo e governar até abril de 2017, quando terminaria o mandato de Carlos Miguel Aidar. Leco já tem o apoio de figuras importantes como Ataíde Gil Guerreiro e seu grupo, a Legião; de Marco Aurélio Cunha e seu grupo, o Clube da Fé; e de aliados mais próximos do ex-presidente Juvenal Juvêncio.

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