Com o acirramento da crise, os pedidos de falência registraram alta de 17,8% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), com abrangência nacional. Em novembro de 2015, o número de pedidos de falências recuou 1,0% na comparação mensal, mas aumentou 34,0% em relação a novembro de 2014.
No acumulado do ano, as falências decretadas subiram 17,4% em relação ao período equivalente do ano anterior. Na comparação interanual aumentaram 20,5%, e 53,6% ante o mês anterior. Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas, no acumulado do ano, também seguiram tendência de alta, registrando 50,3% e 43,6%, respectivamente.
A fraca atividade econômica e os elevados custos comprometeram a geração de caixa, enquanto a restrição e encarecimento do crédito às empresas agravam ainda mais a situação, levando à piora os indicadores de inadimplência e de solvência.
Por enquanto, a entidade não vislumbra melhora desse quadro. “A tendência é que os indicadores de falência se mantenham (alta), encerrando (o ano) com o maior crescimento desde o início da série histórica em 2005”, avalia a Boa Vista SCPC em nota.
Enquanto a iniciativa privada enfrenta as agruras de uma crise econômica que piora a cada dia, o governo de Dilma Rousseff insiste no discurso do “momento de travessia”. Com a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a desaceleração da produção, a queda do consumo interno e a elevação do desemprego, o Brasil, embalado pelos pedidos de falência, deu alguns passos na direção da depressão econômica. Quando esse cenário se confirmar, o número de pedido de falências deverá disparar.
Com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, dar sequência ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a tendência é de piora do quadro econômico. Isso porque o governo, que deveria se empenhar na adoção de medidas para minimizar a crise, só terá tempo para salvar o mandato da presidente da República.
Resumindo, o País, que balançava à beira do precipício da crise, acabou de escorregar e está em queda livre rumo ao caos econômico. Mesmo assim, Dilma quer continuar no cargo, pois o poder ela perdeu faz tempo.