Após dizer que quebraria a cara quem apostasse na alta do dólar, Mantega crê que Barbosa é a solução

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Em 19 de outubro de 2014, após nove anos à frente do Ministério da Fazenda, o petista Guido Mantega, responsável adjunto pela grave crise econômica que chacoalha o Brasil, disse em tom profético: “Vai quebrar a cara quem apostar na alta do dólar”. Na ocasião, dois dias antes da estúpida declaração, a moeda norte-americana foi vendida a R$ 2,433, mas os economistas anunciaram que uma vitória de Dilma Rousseff nas urnas levaria a divisa ianque para um patamar acima de R$ 3.

Desde que deixou o governo do PT, Mantega tem enfrentado críticas e protestos públicos que ultrapassam o bom senso. O ex-ministro da Fazenda experimentou em algumas poucas saídas na capital paulista a acidez do humor dos brasileiros irritados com a crise. E foi alvo de manifestações vexatórias, com direito a bazófias e xingamentos.

O tempo passou e agora, em dezembro de 2015, ou seja, quatorze meses depois da declaração de Guido Mantega, o dólar gravita na casa de R$ 4. Ou seja, quem apostou na alta do dólar não apenas manteve a “cara” intacta, mas colocou alguns bons tostões no bolso.

Com a recente saída de Joaquim Levy do comando da Fazenda e a nomeação de Nelson Barbosa para o cargo, o ex-ministro voltou a despejar suas insanas profecias sobre a opinião pública nacional. Para Mantega, o novo ministro da Fazenda é a “a pessoa certa” para enfrentar a crescente crise brasileira. Na opinião do ex-ministro, Barbosa “tem a experiência e o conhecimento para equacionar o problema fiscal para possibilitar a retomada do crescimento o mais rápido possível”.

Conhecido pelas previsões estapafúrdias sobre o desempenho da economia, Mantega, nos últimos anos de sua estada no governo, errou todas as estimativas de crescimento do PIB, que com o avanço do tempo passaram do crescimento pífio para a retração assustadora.


A aposta de Guido Mantega no novo ministro da Fazenda tem uma explicação. Nelson Barbosa, que é alinhado ideologicamente à presidente da República e a ela se submete com facilidade e obediência, por certo adotará a política econômica populista do primeiro mandato de Dilma Rousseff, modelo que levou o Brasil a uma débâcle sem precedentes.

Estimular a economia com índices manipulados e consumismo criminoso é uma fórmula suicida, cujos efeitos colaterais os brasileiros conhecem bem. Se a população cair novamente nessa esparrela, mais uma vez prevalecerá o dito popular de que “cada povo tem o governante que merece”.

Em relação a Nelso Barbosa solucionar a crise em curto espaço de tempo, como sugere o petista Mantega, trata-se de mais uma previsão estabanada, pois a recuperação da economia nacional levará pelo menos três décadas, quando, vencido esse período, a luz começará a surgir no final do túnel sem possibilidades concretas de apagão.

Considerando que Guido Mantega tornou-se um profeta do caos, ou o Aladim às avessas, o melhor que o brasileiro pode fazer é continuar desacreditando nesse governo incompetente e bandoleiro de Dilma e “apertar o cinto” cada vez mais, já que em 2016 a crise chegará às ruas no rastro da inépcia dos programas sociais e da alta do desemprego. E quem acreditar nas palavras de Mantega, que dê a ele um carrinho de pipoca para ver o que acontece.

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