Presidente da Venezuela e aprendiz de tiranete, Nicolás Maduro decretou nesta sexta-feira (15) “estado de emergência econômica” em todo o território nacional.
A medida, que ficará em vigor por 60 dias, tem o objetivo de combater a evasão fiscal e acelerar a distribuição de alimentos, bens de consumo e medicamentos.
De acordo com o ministro da Economia venezuelano, Luis Salas, é necessário “proteger os direitos” dos venezuelanos. Maduro argumenta que as medidas são necessárias para combater o que chama de “guerra econômica”, responsável pela inflação elevada, recessão e escassez de produtos básicos.
A Assembleia Nacional, agora composta na maioria por parlamentares da oposição, tem até oito dias para vetar ou ratificar o estado de exceção. O Tribunal Supremo de Justiça também deve se pronunciar sobre a constitucionalidade do decreto. Se for aprovado, ele pode ser estendido por mais 60 dias.
Com a medida, o governo também pretende agilizar o processo burocrático para expandir as compras estatais, já que a economia depende principalmente das importações. Já os oposicionistas pedem “medidas urgentes”, como a unificação da moeda, liberalização dos preços e aumento do preço da gasolina.
De acordo com o Banco Central da Venezuela, a economia do país sofreu uma contração de 7,1% no terceiro trimestre de 2015. O patamar da inflação anual ficou acima dos 100%. (Com agências internacionais)