Nesta terça-feira (8), o governador Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, afirmou que não será permitido ato pró-Dilma Rousseff no próximo domingo, na Avenida Paulista, visto que grupos que defendem o impeachment da presidente já organizam um ato e comunicaram as autoridades paulistas com muita antecedência.
A determinação de que grupos de esquerda, como a CUT e o MST, não poderiam se manifestar na Paulista no próximo domingo já havia sido anunciada pelo secretário de Segurança do Estado, Alexandre de Moraes, sob a alegação de que a manifestação pró-impeachment foi marcada antes e é preciso todo cuidado para evitar o confronto entre grupos antagônicos.
O governador ressaltou em entrevista que a segurança dos manifestantes está garantida no dia 13 e que não serão permitidos atos pró e contra o impeachment nos mesmos locais e horários.
“Nossa posição é extremamente clara, temos que apressar uma decisão, o Brasil não aguenta mais uma espiral recessiva sem precedente”, declarou. “A situação política se agravou ainda mais e domingo estamos preparados aqui em São Paulo para oferecer toda a segurança para que as pessoas possam se manifestar”, completou Alckmin.
“Havia uma solicitação para ter uma outra manifestação no sentido contrário e dissemos: no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment e contra a corrupção já estava pré-agendado há mais de um mês, não tinha nada a ver com a operação ocorrida na semana passada (condução coercitiva de Lula)”, destacou o governador de São Paulo, em referência à 24ª fase da Lava-Jato.
“É direito constitucional o direito à manifestação, mas é dever do poder público garantir a tranquilidade e a manifestação da população, a polícia está preparando um trabalho pormenorizado”.
Na entrevista, Alckmin disse, ao falar sobre a condução coercitiva de Lula, na última sexta-feira (4), que o petista não deveria usar subterfúgio para fugir da Justiça. “Todos são iguais perante a lei, aliás, quem foi presidente, governador, prefeito tem até mais responsabilidade e mais dever do que o cidadão comum em prestar conta porque conhece a lei e sabe o que pode e não pode”.
O PT e os partidos de esquerda são esquizofrênicos em relação à realidade política do País, mas continuam sabendo interpretar pesquisas de opinião. No momento em que 60% dos brasileiros são favoráveis ao impeachment (o índice deve ter aumento depois da condução coercitiva de Lula), querer o enfrentamento nas ruas é empurrar a militância petista para o suicídio. Afinal, o contingente de brasileiros de bem que desejam o fim da corrupção pode ser comparado a um exército.
Na verdade, o que tentam os integrantes da esquerda, que gravitam na órbita do governo corrupto de Dilma Rousseff, é lançar sobre a população uma lufada de pânico, cujo objetivo é esvaziar as manifestações marcadas para o próximo domingo em diversas cidades brasileiras.