O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que garante ser o último bolivariano chavista, garante que não abandonará a trincheira de Lula, Dilma e do PT, contrariando decisão majoritária do seu partido.
No microblog que mantém no Twitter, Requião, no melhor estilo missa encomendada, voltou atacar o juiz federal Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e o Ministério Público Federal. “Internacionalizando e privatizando toda a economia Deltan e Moro serão muito úteis em uma empresa privada de vigilância”, escreveu Requião no Twitter.
“É clara e evidente a concorrência entre Moro e os membros do MP por entrevistas e aparições publicas. Um verdadeiro e ridículo BBB. Poses!”, emendou Requião.
Em outra postagem, Requião já hostilizava os membros do Poder Judiciário. “Um mero concurso pode levar um meninote concurseiro, decorador de apostila, a ser uma divindade intocável do “poder judiciário”? Sim, pode!”.
Os ataques ensandecidos do senador a Moro, com o claro objetivo de defender Dilma, são vistos como tentativas de garantir o bom emprego de parentes no governo federal. Entre eles está o irmão de Requião, Maurício, aquinhoado com uma vaga de conselheiro da Itaipu, que lhe rende R$ 25 mil por mês em troca da estafante tarefa de comparecer a uma única reunião mensal do Conselho da binacional.
Requião está convencido que Dilma, com Lula na Casa Civil, dará a volta por cima e recuperará a popularidade. Essa aposta arriscada fica evidente na orientação que deu ao filho, o deputado estadual Requião Filho (PMDB-PR), pré-candidato à prefeitura de Curitiba, para defender Lula, Dilma e o PT na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Ao que parece, o raciocínio é que essa postura renderá votos para Requião, o baby.
Roberto Requião é um gazeteiro profissional que faz da truculência discursiva o seu diferencial, o que garante alguns momentos de fama a quem experimenta uma pífia e triste decadência política. Acostumado a torrar o suado dinheiro do contribuinte em viagens internacionais oficiais, com direito a restaurantes badalados e vinhos caros, Requião abusa do palavrório populista como forma de enganar a parcela incauta da população, como se o seu viés nababo não fosse largamente conhecido. Para tanto, o senador paranaense não cansa de exaltar a Carta de Puebla, que tem como centro a opção preferencial pelos pobres. Enfim, cada povo tem o senador que merece.