Gleisi é xingada e hostilizada em aeroporto de Curitiba após defender ‘sem terra’ que emboscaram a polícia

gleisi_hoffmann_1023

A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) começa a colher os frutos da sua semeadura política. Na quinta-feira (7), ao desembarcar no Aeroporto Afonso Pena, na Grande Curitiba, a petista foi recepcionada por manifestantes nada felizes ao chegar de Brasília. Um grupo formado por aproximadamente 30 pessoas passou a hostilizar a petista com palavras de ordem contra o PT e a própria parlamentar, como “corrupta”, “sem vergonha”, “assaltante”, “vá para Cuba, ladrona”, “vergonha do Paraná”, “fora” e “eu vim à rua para derrubar o PT”, entre outros tantos mantras da indignação.

A revolta dos curitibanos parece emoldurada pelo do notório envolvimento de Gleisi com a corrupção protagonizada pelo PT (ela foi denunciada por quatro delatores da Lava Jato, é investigada na Pixuleco II e foi indiciada por corrupção passiva), e pela versão mentirosa que distribuiu em vídeo sobre um incidente entre a Polícia do Paraná e ‘sem-terra’ que resultou em mortes.

Os sem-terra de um assentamento em Quedas do Iguaçu montaram emboscada para a Policia Militar ateando fogo na mata. Quando uma brigada anti-incêndio, escoltada por duas viaturas foi ao local, cerca de mais de 20 integrantes do MST atacaram os policiais a tiros. A polícia foi obrigada a reagir e dois ‘sem terra’ foram mortos e policiais ficaram feridos. Gleisi Hoffmann, sempre oportunista e desprovida de bom senso, espalhou a versão de que a polícia havia atacado o MST sem motivo e causando grande revolta no Paraná.

No aeroporto Gleisi demonstrou toda a sua arrogância e respondeu às provocações com um sorriso irônico. Um acompanhante da senadora foi agredido por um passageiro. Possivelmente pela lentidão da Justiça, em especial do Supremo Tribunal Federal, que leva anos para julgar políticos com foro privilegiado.


A situação política de Gleisi é além de crítica. A senadora demitiu esta semana quatro funcionários de se seu escritório em Curitiba. O motivo, segundo comenta-se, é que a petista não consegue mais sair em público e por isso não tem motivo para manter uma estrutura de apoio.

A senadora tem sido hostilizada em aeroportos e na quarta-feira foi obrigada a se retirar do Restaurante Madalosso, umn dos mais tradicionais da capital paranaense, onde foi com o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva. O outro ‘casal 20” da Esplanada dos Ministérios foi indiciado, na última semana, pela Polícia Federal por corrupção passiva.

Em uma operação que vem sendo considerada por muitos como suicida em termos políticos, Gleisi, segundo assessores, insiste em se expor ao defender de forma descabida a presidente Dilma Rousseff e o próprio partido, o PT. Caso não se cuide e não reveja sua estratégia política para o momento, a senadora terá de contratar, não demora muito, seguranças para ocupar o lugar dos auxiliares demitidos há dias.

Para quem se acostumou a intimidar jornalistas com processos judiciais e agir nos bastidores para combater profissionais de comunicação contrários à delinquência petista, Gleisi tem se mostrado um fiasco. Aliás, a senadora continua devendo aos brasileiros uma explicação minimamente convincente sobre a bizarra indicação de um pedófilo, condenado há mais de cem anos de prisão, para cargo de confiança na casa Civil da Presidência da República.

apoio_04