A briga interna no PMDB do Paraná está cada vez mais acirrada e feroz, se é que “briga de foice no escuro” pode ser assim classificada. O presidente do diretório peemedebista de Curitiba, Doático Santos, ex-assessor e ex-aliado do senador Roberto Requião, hoje um figadal adversário, deu uma bombástica declaração ao ler no Twitter que Requião se encontra no Panamá, onde foi descoberto um gigantesco esquema de contas frias e bilhões de dólares de origem ilícita operados pela empresa Mossack Fonseca. O escândalo que sacudiu o planeta foi batizado de “Panama Papers” e está também no radar de autoridades brasileiras.
Segundo Doático, é muito suspeita a “viagem relâmpago” do senador Roberto Requião, presidente estadual do partido, ao Panamá. “Do twitter, Requião avisa que está no Panamá. Muito suspeito, principalmente agora em que se releva um monte de offshores criadas por políticos brasileiros para esconder transações escusas. O que Requião tenta esconder no Panamá. E o pior, de lá diz que está defendendo o MST e a carta de puebla. É uma piada, não”.
A Receita Federal aguarda validação da Justiça para analisar os documentos que citam brasileiros no rumoroso caso “Panama Papers”. Em nota, o Fisco informou que poderá aplicar multa de até 150% do valor omitido se constatar casos de offshores (empresas abertas no exterior para a transferência de recursos e bens) não declaradas no Imposto de Renda.
Na última segunda-feira (4), a Procuradoria-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, abriu procedimento de cooperação internacional com o Ministério Público do Panamá para ter acesso oficial aos documentos do “Panama Papers”.
O envio dos documentos ao Brasil dependerá da vontade das autoridades panamenhas, que, em outros casos, como as investigações da Operação Lava-Jato, ofereceram resistência em cooperar com as investigações da Procuradoria.
Ex-governador do Paraná e aliado de primeira hora do governo decadente de Dilma Rousseff, o senador Roberto Requião é um bufão truculento que usa o discurso populista para esconder os seus vícios consumistas, em especial quando esses são custeados pelo suado dinheiro do contribuinte. De tal modo, um país que tem como senador da República um cidadão como Roberto Requião sequer pode pensar e falar em futuro.