Impeachment: Benedita da Silva protagoniza dramalhão pífio ao defender Dilma Rousseff

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Que os discursos contra o impeachment de Dilma Rousseff seriam ultrajantes todos os brasileiros de bem já sabiam, mas o palavrório de alguns dos bajuladores da presidente chega a ser nauseante. Sempre abraçada ao dramalhão socialista, que serve para ludibriar a parcela incauta da opinião pública, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) abusou da vitimização ao discursar contra o impeachment e defender a presidente da República.

Repetindo a cantilena de que os brasileiros só mudaram de vida depois da chegada do PT ao poder central, como se Lula fosse a reencarnação de Messias, Bené, como é conhecida a petista fluminense, disse que sentiu na pele as agruras da vida ao não ter comida na mesa e não saber como mandar os filhos para a universidade. A deputada, que já foi senadora e governadora do Rio de Janeiro, usou essa rasteira figura de linguagem para mostrar à população que sem Dilma na Presidência o Brasil retrocederá no tempo e nas conquistas.

Benedita da Silva lembrou que foi lavadeira, como se esse fosse um trabalho indigno. O editor deste portal é filho de um engraxate que venceu na vida apenas e tão somente pelo esforço próprio e por sua obediência intransigente à coerência. Não se valeu de cargos públicos, pelo contrário, para alcançar uma situação melhor ou menos desfavorável.

Destarte, Benedita deveria recolher-se à própria insignificância como política, pois não será com esse discurso mentiroso e marcado pela dramatização que convencerá os brasileiros acerca do aludido golpe que representa o impedimento da chefe do Executivo federal.

Como sempre afirmamos, o Brasil ainda é uma democracia e a Constituição garante ao cidadão o direito à livre manifestação do pensamento. Portanto, a petista Benedita pode dizer o que quiser, desde que não omita da sua fala as barbaridades cometidas por seu partido enquanto no comando do País.

O PT foi protagonista e responsável pelo maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, mas Benedita da Silva prefere esquecer esse crime hediondo cometido contra a sociedade, pois muitos dos seus companheiros “encheram a burra” com a roubalheira deliberada que durante uma década derreteu os cofres da Petrobras.

Benedita da Silva deveria rever a história recente do País para modular a própria fala, pois milhões de brasileiros hoje enfrentam o que ela, como lavadeira, enfrentou: falta de comida. No momento em que o sacro e diariamente necessário pão deixa de frequentar a mesa do brasileiro, algo de errado há no escopo do governo. Mas a deputada pelo Rio de Janeiro tem olhos apenas para as falsas conquistas da era petista, certamente a mais corrupta da história nacional.


O poder de compra dos trabalhadores vem sendo corroído diariamente pela inflação, mas Benedita insiste em falar que sem Dilma o Brasil experimentará a catástrofe. Alega que nos governos de Lula e Dilma milhões de brasileiros conseguiram acesso ao mercado de trabalho, mas ignora a legião de desempregados que cresce dia após dia em todos os cantos da nação. O contingente oficial de desempregados – oficiosamente é muito maior – é igual ao número de empregos que Lula prometeu criar em quatro anos, quando participava da corrida presidencial de 2002. Ou seja, prevalece o dito popular “alegria de pobre dura pouco”.

Benedita da Silva, a rainha da dramatização, é uma figura pequena no mundo da política que usa o mandato para compensar a própria revolta. Fosse realmente uma pessoa preocupada com os pobres e mais desvalidos, Bené defenderia o fim do governo do PT, pois é inaceitável que por conta de uma política econômica desastrada mais de 60 milhões de brasileiros estejam no universo da inadimplência. Mas a petista Bené prefere dizer que impeachment é golpe.

Golpe é a saúde pública ter chegado ao rés do chão. Dengue, febre chikungunya, Zika vírus e surto de H1N1, mas Benedita da Silva insiste em defender Dilma e seu bando. Aliás, Benedita por certo não se lembra que o “companheiro” Lula afirmou, em meados de 2006, que a saúde pública brasileira estava a um passo da perfeição. Ou Bené não sabe o que é golpe, ou essa palavra balbuciada por dez entre dez “camaradas” mudou de significado.

Benedita da Silva valeu-se da divisão promovida pela canalha petista e voltou a falar das agruras enfrentadas pelos negros. É bom salientar que Lula e Dilma Rousseff não nasceram com vocação para ser Princesa Isabel. Na verdade, a dupla, assim como milhares de esquerdistas tupiniquins, apostam todas as fichas nas teorias absurdas do nós contra eles, dos brancos contra os negros, dos pobres contra os ricos, do nordestinos contra os sulistas, porque esse tipo de estratégia anestesia ainda mais o consciente da massa ignara. Contudo, Bené prefere não pensar no elitista bandoleiro em que se transformou Lula, o lobista-palestrante que descobriu o milagre da multiplicação.

Benedita da Silva falou que com o PT os pobres conseguiram acesso à educação, mas não vislumbra o desastre que tomou conta dos programas educacionais lançados por Dilma como a maior revolução do setor. Bolsas canceladas, programas científicos abandonados, estudantes que conquistam um diploma sem saber o que deveriam. Mas Bené prefere falar em golpe, em dizer que a salvação do Brasil está na permanência de Dilma no poder.

Ninguém coloca a cabeça na guilhotina por mero masoquismo ou por gostar de aventuras. Nem mesmo os homens-bomba do jihadismo que se espalha pelo planeta vão para o sacrifício sem a devida contrapartida. Aceitam ir pelos ares no rastro da promessa de que no paraíso terão quarenta virgens à disposição. Cada qual acredita no que lhe convém, mas Benedita da Silva não faz à toa essa insana defesa do indefensável desgoverno de Dilma Vana Rousseff.

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