Gleisi promete segurar impeachment no Senado e garante que Deus é contra o “golpe”

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Afundando cada vez mais na Operação Lava-Jato, estrela da Operação Pixuleco II e denunciada por delatores por receber propina no âmbito do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da História, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) dá mostras de que perde o controle do pensamento diante de determinadas situações. O que não assusta muitos brasileiros, pois a petista tem estofo para atos que ultrapassam os limites da bizarrice.

Após acompanhar a fragorosa derrota de Dilma Rousseff na votação da admissibilidade do pedido impeachment, na Câmara dos Deputados, Gleisi foi acometida por novo devaneio e afirmou que o processo será segurado, no Senado, por ela e pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR).

O Brasil ainda é uma democracia – com chances de continuar como tal – e por isso Gleisi Hoffmann tem o direito a externar livremente o seu pensamento, desde que não anuncie aos quatro cantos sua disposição de ultrajar a legislação vigente. Que os petistas agem como organização criminosa – a comparação faz parte da acusação do Mensalão do PT – todos brasileiros de bem sabem, mas não se pode aceitar um deboche explícito como o protagonizado pela senadora que transformou-se em alvo de deboches quase que diários na terra das araucárias.

Em momento de devaneio explícito, agora de fundo religioso, Gleisi Hoffmann deu a entender que Deus não está satisfeito com a derrubada da ‘presidenta’. A senadora não perdeu a oportunidade de criticar Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados. Ao comentar trecho da fala de Cunha ao final da histórica votação, a petista protestou contra o uso do nome do Criador. Escreveu a senadora: “Deus não tem nada a ver com seu golpe Eduardo Cunha! Não use Seu nome em vão!”.

Em artigo publicado em alguns veículos de comunicação do Paraná, Gleisi voltou a externar o pensamento obtuso e a miopia interpretativa que a acompanham. Escreveu a senadora, ao comentar a votação que teve lugar no plenário da Câmara, no domingo (17): “Se havia alguma dúvida, ela acabou. Ontem ficou claro para o Brasil que o processo de impeachment da presidenta Dilma é um golpe. Durante a votação, assistimos deputados usando todo tipo de argumento: família, netos, marido, mulher, religião, combate à corrupção. O que não vimos foi falarem do suposto crime de responsabilidade que Dilma teria cometido”.


Gleisi não tem moral para criticar a postura dos deputados, a qual o UCHO.INFO criticou em artigo contundente e lógico – algo que a petista não sabe fazer. Dedicar comentários pejorativos àqueles que invocaram o nome de Deus não cabe a uma senadora que de forma costumeira recorre aos seus gurus (Brahma Kumaris) antes de apresentar projetos legislativos no Senado. Em vídeo publicado no Youtube e apagado depois de matéria deste portal, Gleisi explicava aos internautas como procedia antes de apresentar algum projeto de sua autoria. Faz-se necessário lembrar que um senador da República não custa mensalmente mais de R$ 150 mil para consultar o além antes de alguns dos seus atos.

Sobre as críticas que fez aos que referiram-se à família no momento da votação que impôs inesquecível derrota ao PT, Gleisi também não tem estofo para tanto. Afinal, a senadora continua devendo aos brasileiros de bem uma explicação minimamente convincente sobre a decisão de indicar para cargo especial na Casa Civil, no tempo em que chefiava a pasta, um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão por estupro de vulneráveis (menores de 14 anos).

Toda a vez que o assunto volta à tona, a senadora paranaense se descontrola, pois não há como explicar a indicação do “companheiro” Eduardo Gaievski, o monstro da Casa Civil, para trabalhar a poucos metros da presidente da República.

O pior nessa ópera bufa que cresce nas reticências canhestras de Gleisi é que a petista chegou ao Senado Federal com 3 milhões de votos, um perfeito absurdo para um estado da importância do Paraná. Enfim…

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