Entre os muitos discursos contrários ao impeachment de Dilma Vana Rousseff, que insiste na tese burra e oportunista do golpe, representantes da esquerda brasileira têm afirmado, em tom de ameaça, que a interrupção brusca do governo petista representa o fim das conquistas sociais e dos trabalhadores que marcaram a última década.
Esse palavrório insano, típico de quem perdeu o jogo e não aceita a derrota, é facilmente desmontado pelos números de uma economia em crise e que cambaleia à beira do precipício há mais de três anos.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Brasil completou em março doze meses ininterruptos de fechamento de vagas laborais com carteira assinada.
O último mês com número de contratações acima das demissões foi março de 2015, quando foram criados 19,2 mil novos postos de trabalho. Os números do Caged mostram as demissões superaram as contratações em 118.776 vagas formais em março de 2016, pior resultado, para o mês, desde o início da série histórica do governo, em 1995. De tal modo, foi o pior mês de março ao longo de 25 anos.
A demissão de trabalhadores acontece na esteira da acentuada queda do nível de atividade, com a economia brasileira passando pela maior recessão dos últimos 25 anos. Em 2015, o PIB “encolheu” 3,8%, enquanto que para o corrente ano a previsão dos economistas é de recuo igual ou maior.
Como afirmamos na abertura desta matéria, os discursos esquerdistas e palacianos em defesa do mandato de Dilma Rousseff são marcados pela inverdade e pelo desespero, ao mesmo tempo em que reforçam a avalanche de mentiras que ganhou força na campanha eleitoral de 2014. Na ocasião, a presidente da República vendeu aos eleitores incautos a falsa ideia de que o Brasil se transformara em versão moderna e tropical do País de Alice, o das maravilhas.
O quadro atual do desemprego não apenas evidencia as falácias que brotam do Palácio do Planalto, mas transformam em nada as afirmações de integrantes do PDT, que comandam o Ministério do Trabalho e defendem a permanência de Dilma no cargo.
Os números do Caged, divulgados nesta sexta-feira (22), caem como luva na bordão de um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.