Novo presidente da Petrobras, Pedro Parente descarta indicação política na empresa destruída pelo PT

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O presidente da República interino, Michel Temer, nomeou, nesta quinta-feira (19), o ex-ministro Pedro Parente para a presidência da Petrobras. Parente, que foi ministro do Planejamento, da Casa Civil e interino de Minas e Energia no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Parente substituirá Aldemir Bendine, conhecido nos escaninhos do poder como Dida, nomeado em fevereiro de 2015 depois da renúncia de Maria das Graças Foster, que não suportou a pressão decorrente do Petrolão, o maior escândalo de corrupção de todos os tempos.

O novo presidente da Petrobras, que já avisou que não aceitará qualquer indicação política na estatal, terá de lidar com a grave crise que chacoalha a maior empresa brasileira, combalida no rastro do escândalo de corrupção desmontado pela Operação Lava-Jato e da queda no preço internacional do petróleo.


Em entrevista coletiva ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, Parente afirmou que o processo de recuperação da empresa já começou. “A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador. Portanto, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa. É assim que o presidente Michel Temer vê, é assim que eu também vejo e é assim que a gente vai trabalhar. Teremos uma visão absolutamente profissional, voltada aos interesses da empresa e dos acionistas”, disse.

A nomeação de Parente marca o retorno do executivo à Petrobras depois de 14 anos, quando ocupou uma cadeira no Conselho de Administração da estatal.

Currículo

Carioca, Pedro Pullen Parente, 63 anos é engenheiro, presidente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA e sócio de empresas ligadas ao setor financeiro. Atuou como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de secretarias estaduais e presidiu a unidade brasileira da Bunge.

Na gestão de FHC, Parente foi presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia de 2001/2002 e coordenou a equipe de transição entre os governos do SPDB e do PT.

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