Por fanatismo ou delírio ideológico, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) tem se concentrado em defender a presidente afastada Dilma Rousseff e sua “revolução”. É o que mostram as postagens da parlamentar no Facebook.
A “revolução petista” que tanto encanta Gleisi trouxe de volta a inflação e o desemprego, além de ter produzido os maiores escândalos de corrupção da história da República. Em alguns desses escândalos, a própria Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, estão envolvidos.
Enquanto Gleisi visita assentamentos do MST exibindo caros adereços de grifes de luxo, confraterniza-se com o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo (o “reprodutor de batina”) e dedica-se a uma defesa estridente de Dilma, a Polícia Federal indiciou Paulo Bernardo por corrupção passiva e organização criminosa.
Bernardo é alvo da Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação Pixuleco II (18ª fase da Operação Lava-Jato), é acusado de envolvimento em um esquema criminoso que surrupiou R$ 100 milhões de servidores federais que recorreram aos empréstimos consignados. Segundo a PF, as investigações mostraram indícios de materialidade e autoria de Paulo Bernardo, sendo que o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na última sexta-feira (22).
O MPF poderá apresentar denúncia à Justiça Federal, reenviar o inquérito policial à PF para novas diligências investigativas ou requerer à Justiça o arquivamento da investigação.
A Operação Custo Brasil foi deflagrada em 23 de junho para apurar o pagamento de propina a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, relacionado a contratos de prestação de serviços de informática, entre os anos de 2010 e 2015.
A empresa contratada para o serviço de gerenciamento dos empréstimos e o respectivo pagamento das parcelas, o Grupo Consist, cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e próceres da legenda, segundo informaram a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões. “Dezenas de milhares de funcionários públicos foram lesados”, disse o superintendente da Receita Federal em São Paulo, Fábio Ejchel.
Não obstante esse cenário de fazer inveja ao personagem Al Capone, a senadora petista continua devendo uma explicação convincente sobre a nomeação de um pedófilo codnenado a mais de cem anos de prisão ao cargo de assessor especial da Casa Civil. Eduardo Gaievski, amigo de Gleisi e Paulo Bernardo, chegou ao Palácio do Planalto com a incumbência de coordenar os programas federais destinados a crianças e adolescentes, tudo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”.