De acordo com informações de pesquisadores internacionais, divulgadas na quarta-feira (24), estar acima do peso pode aumentar a probabilidade de ser diagnosticado com câncer de estômago e do aparelho digestivo, assim como com certos tumores cerebrais e do sistema reprodutivo.
Um relatório publicado na revista New England Journal of Medicine adiciona oito tipos à lista dos cânceres já conhecidos por serem mais comuns entre as pessoas com sobrepeso.
Em 2002, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede na França, afirmou que os quilos em excesso poderiam aumentar o risco de câncer de cólon, esôfago, rim, mama e útero.
Agora, a IARC adicionou os cânceres de estômago, fígado, vesícula, pâncreas, ovário e tireoide, assim como um tipo de tumor cerebral conhecido como meningioma e o mieloma múltiplo, um tipo de câncer do sangue.
Os cientistas analisaram mais de mil estudos sobre excesso de peso e riscos de câncer e concluíram que limitar o ganho de peso ao longo de décadas pode ajudar a reduzir o risco desses tipos de câncer.
“A incidência do câncer devido ao excesso de peso ou à obesidade é mais extensa do que o que foi pressuposto”, destacou o presidente do Grupo de Trabalho da IARC, Graham Colditz, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis.
O câncer, na maioria das vezes, surge sem explicação. Suas causas podem incluir vírus, poluentes, fatores genéticos e radiação. Certos fatores de estilo de vida, como o tabagismo e o excesso de peso, também podem tornar uma pessoa mais propensa a ter câncer.
Acredita-se que 9% dos casos câncer entre as mulheres da América do Norte, Europa e Oriente Médio estejam ligados à obesidade. A gordura extra pode promover inflamação e levar a uma superprodução de estrogênio, testosterona e insulina, que podem impulsionar o aumento do câncer. Cerca de 640 milhões de adultos e 110 milhões de crianças no mundo são obesos.
“Fatores de estilo de vida, como uma dieta saudável, manter um peso saudável e fazer exercício, além de não fumar, podem ter um impacto significativo na redução do risco de câncer”, disse Colditz.