Como vem afirmando o UCHO.INFO ao longo dos últimos meses, a pedra no caminho do ex-presidente Lula, no âmbito do Petrolão, continua sendo o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). Isso porque a propriedade rural é marcada por um enredo feito às pressas e cujos capítulos não se encaixam.
Enquanto os advogados de Lula negam ser ele o dono do imóvel, os investigadores da Lava-Jato insistem que o verdadeiro dono do tal sítio é o ex-presidente da República. O que para muitos ainda é um caso obscuro, para Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht, esse é um caso claro e resolvido.
No acordo de delação que vem negociando com a força-tarefa da Lava-Jato, Alexandrino decidiu revelar aos investigadores informações sobre a reforma do tal sítio, assim como das viagens que fez com o petista a países da África e da América Latina.
Na primeira tentativa de obter acordo de colaboração premiada, Alexandrino Alencar não foi bem sucedido, mas em nova investida, desta vez com informações reveladoras, os procuradores já sinalizaram que a negociação chegará a bom termo. Ou seja, Lula terá mais um problema para administrar.
Quando o assunto é o Sítio Santa Bárbara, todos os envolvidos nessa canhestra epopeia suam frio diante da possibilidade de a verdade vir à tona. Afinal, há muitos fatos desconexos na história do sítio que recebeu Lula em mais de cem ocasiões.
No caso de as informações fornecidas por Alexandrino Alencar serem confirmadas pelos investigadores, os donos oficiais do sítio, Fernando Bittar e Jonas Suassuna Filho – sócios de Fábio Luís Lula da Silva –, não suportarão a pressão e acabarão contando a verdade.
Se por um lado Fernando Bittar está aparentemente tranquilo em relação à propriedade em Atibaia, por outro Jonas Suassuna há muito perdeu a paciência. E para que ambos entreguem Lula de bandeja aos investigadores da Lava-Jato não é preciso muito.
