Donald Trump indica CEO da ExxonMobil como secretário de Estado dos EUA

rex_tillerson_1001

Seguindo à risca o script da polêmica, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou, nesta terça-feira (13), a indicação do CEO da multinacional ExxonMobil, Rex Tillerson, como seu secretário de Estado, afirmando que o executivo está “entre os mais bem sucedidos líderes empresariais e negociadores internacionais do mundo”.

“Rex sabe como gerenciar um empreendimento global, o que é crucial para comandar um Departamento de Estado bem sucedido”, afirmou Trump em comunicado. “Sua tenacidade, vasta experiência e profundo entendimento de geopolítica fazem dele uma excelente escolha para secretário de Estado. Ele irá promover a estabilidade regional e focar nos principais interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.’

No comando da ExxonMobil, multinacional norte-americana de petróleo e gás, Tillerson tem ampla experiência em lidar com outros países, no entanto estritamente como homem de negócios, não como diplomata. A empresa opera em dezenas de países, entre eles a Rússia, que recorreu a companhias ocidentais em busca de tecnologia e know-how para explorar suas vastas fontes de petróleo e gás.

A escolha de Tillerson para o posto de secretário de Estado e seus laços com a Rússia são motivo de preocupação após um relatório da CIA acusar Moscou de interferir na eleição presidencial dos EUA para favorecer Trump.


Rex Tillerson, de 64 anos, ingressou na ExxonMobil após graduar-se em engenharia pela Universidade do Texas, em 1975. Em comunicado, o executivo afirmou estar “honrado” por ter sido escolhido para o cargo de secretário de Estado, afirmando compartilhar da visão de Trump de “restaurar a credibilidade dos EUA”.

Desde as primeiras horas após a confirmação de sua vitória na corrida presidencial à presidência dos EUA, Donald Trump não deixou dúvidas de que sua gestão há de se confundir com o perfil de homem de negócios. Tanto é assim, que em alguns encontros com autoridades internacionais o eleito inseriu seus filhos, em clara demonstração de que a Casa Branca poderá transformar-se em escritório de negócios.

Experiência semelhante foi patrocinada pelo também republicano George W. Bush, que escolheu como vice Richard Bruce Cheney, conhecido como Dick Cheney, ex-CEO da Halliburton (empresa do ramo petrolífero) e responsável pela arquitetura política da guerra do Iraque.

À época, Cheney usou como desculpa para a invasão do Iraque uma suposta ligação entre o governo de Bagdá e a AL Qaeda, além da alegação absurda de que Saddam Hussein mantinha um arsenal de armas químicas. Invadido o país então governado por Saddam, a Halliburton foi beneficiada no momento da divisão dos poços de petróleo iraquianos. (Com agências internacionais)

apoio_04