Quem não suporta mais os diuturnos devaneios discursivos da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR), não deve perder a esperança. Principalmente em relação às descabidas declarações em defesa de Lula, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.
Essa tábua de salvação aos brasileiros de bem decorre do fato de que o próprio PT está farto do histerismo que marca as declarações da presidente do PT, alvo de críticas cada vez menos veladas de correligionários que creem que sua posição como “porta-voz” de Lula contribui para enterrar de vez a imagem do ex-presidente da República e do partido, que segundo os procuradores da Operação Lava-Jato é uma organização criminosa.
“Se o julgamento de Gleisi Hoffmann [ré por corrupção e lavagem de dinheiro] for marcado pelo Supremo, setores do PT defendem substituí-la por um dos vice-presidentes. O nome que está na reserva é o do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha”, revela o jornal “O Estado de S. Paulo”.
A avaliação da cúpula petista é que Gleisi Helena, além de estar quase tão enrolada com a Justiça quanto Lula, passa uma imagem de radicalismo e selvageria que em nada aumenta a simpatia da opinião pública pela legenda.
Ademais, o próprio histórico de Gleisi Hoffmann, que nas planilhas de propina da Odebrecht é citada sob o sugestivo codinome “Amante”, carrega o carma de ter nomeado um pedófilo para cargo de assessor especial da Casa Civil durante o governo da “companheira” Dilma Rousseff.
Eduardo Gaievski, o monstro sexual da Casa Civil, foi incumbido por Gleisi de comandar as políticas do governo federal destinadas a crianças e adolescentes, no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”. Condenado a mais de cem anos de prisão e cumprindo pena em penitenciária de Francisco Beltrão, no interior do Paraná, Gaievski continua regularmente filiado ao PT, o que contraria os ditames da legenda.